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terça-feira, 3 de maio de 2011

conto poético "PROFANAÇÃO

A tarde já havia se despedido.
Iniciava-se uma noite, muito fresca, 
bem própria da estação de outono.
Um homem, solitariamente, chega
a sua casa, após mais um dia de
intenso trabalho.
Cumpre algumas rotinas e procura
relaxar.
Mas pressente algo diferente, 
em seus aposentos.
Sua cama nunca estivera tão bem
apresentável.
O perfume de flores dominava todo
o ambiente.
Embora noite, ouviam-se pássaros
cantando, com suavidade, bem próximos
à janela do quarto. Pareciam estar no
seu interior.
O horário era  convidativo  a um
breve repouso, que antecederia ao
jantar.
Banhou-se e, agora, já de pijamas,
deitado em seu leito, meditava sobre
coisas estranhas, que costumavam
acontecer em sua vida.
Parecia haver alguém, por perto,
sempre a lhe observar.
Cansado, adormeceu.
Sentiu uma carinhosa mão passar
em sua face.
Teve medo de abrir os olhos, mas
ouviu  uma voz, falando de amor e de
desejos.
Agora, sim, viu uma linda mulher,
 vestida de branco e com asas,
também, brancas.
De braços abertos e sorrindo, iniciou
o mais puro, o mais sublime de
todos os amores que, jamais, havia
conhecido em sua vida.
Uma chuva de pétalas de rosas, tomou
conta daquele leito.
Uma bela estrela postou-se à porta,
iluminando o caminho daquele
sagrado e angelical amor...
Como testemunhas, a lua cheia, estrelas
e constelações que, até hoje,  se negam
abandonar aquele divino momento.
Já acordado, diz haver sido o mais
encantador de todos os sonhos,
da sua existência, pois viveu este
amor, com o seu "Anjo da Guarda",
durante seis horas.
Está convicto de haver sido um sonho, mas
não consegue explicar as pétalas de rosas
espalhadas por todo o seu quarto, algumas
penas das asas, a  linda estrela sobre a porta,
 e as testemunhas, vindas do céu e que, até hoje,
lá se encontram...

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