Dois estudantes, ainda crianças e apaixonados,
prometem-se em casamento, quando atingirem
a maturidade.
Para selar este pacto, escrevem declarações
de amor, estabelecem datas, sonhos, roteiros,
etc, e colocam em uma garrafa, como garantia
de preservação.
Sob segredo absoluto, cavam um buraco ao pé
de uma palmeira real, frente à Igreja Matriz de
Santo Antônio dos Anjos, na Cidade de Laguna,
enterrando-a para somente abri-la, às vésperas
do combinado casamento.
O menino mudou de residência para a Capital.
Ela permaneceu, sempre, em Laguna.
Ele não levou a sério o pacto. Ela sim.
Decorrido mais de meio século, resolveu
procurá-la, para comentar sobre a audácia da
mocidade.
Após tentar encontrá-la, soube que havia falecido
no ano anterior, sem haver casado ou namorado
com quem quer que fosse.
Dizia à família, e aos amigos, que era uma mulher
comprometida com o passado. Ninguém entendia.
No seu leito de morte, solicitou que
colocassem, sobre a sua sepultura, uma placa,
com os seguintes dizeres lacônicos:
"Cumpri, fielmente, minha promessa . Estou em paz".
O homem dirigiu-se à palmeira, local em que haviam
enterrado aquele pacto, e lá estava a garrafa,
com a folha escrita, ainda intacta.
Para a sua surpresa, uma segunda folha havia sido
colocada pela, agora, mulher, onde dizia:
"Rezei tanto a Deus, meu amor, para que te desse
vida e saúde,pois sabia que um dia voltarias aqui,
embora eu já não estivesse mais".
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