pulsando

Seguidores

domingo, 15 de maio de 2011

CONTO POÉTICO: Quando somente um ama...




Dois estudantes, ainda crianças e apaixonados,
prometem-se em casamento, quando atingirem
a maturidade.
Para selar este pacto, escrevem declarações
de amor, estabelecem datas, sonhos, roteiros,
etc, e colocam em uma garrafa, como garantia
de preservação.
Sob segredo absoluto, cavam um buraco ao pé
de uma palmeira real, frente à Igreja Matriz de
Santo Antônio dos Anjos, na Cidade de Laguna, 
enterrando-a para somente abri-la, às vésperas
do  combinado  casamento.
O menino mudou de residência para a Capital.
Ela permaneceu, sempre, em Laguna.
Ele  não levou a sério o pacto. Ela sim.
Decorrido mais de meio século, resolveu
procurá-la, para comentar sobre a audácia da
mocidade.
Após tentar encontrá-la, soube que havia falecido
no ano anterior, sem haver casado ou namorado
com quem quer que  fosse.
Dizia à família, e aos amigos, que era uma mulher
comprometida com o passado. Ninguém entendia.
No seu leito de morte, solicitou  que
colocassem,  sobre a sua sepultura, uma placa,
com  os seguintes dizeres lacônicos:
"Cumpri, fielmente, minha promessa . Estou em paz".
O homem dirigiu-se à palmeira, local em que haviam
enterrado aquele pacto, e  lá estava a garrafa,
com a folha  escrita, ainda intacta.
Para a sua surpresa, uma segunda folha havia sido
colocada pela, agora, mulher, onde dizia:
"Rezei tanto a Deus, meu amor, para que te desse
vida e saúde,pois sabia que um dia voltarias aqui,
embora eu já não estivesse mais".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.