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domingo, 20 de novembro de 2011

Conto poético: EM NOME DO AMOR

Dois seres humanos, cultos, de formação religiosa,
e convictos da sua missão social.
Vocacionados, por natureza, dedicam-se de corpo
e alma a sua ordem, destacando-se, cada um na
sua área, pela competência e fidelidade aos seus
princípios.
Influente, como religioso, o padre percorria toda a
sua paroquia, supervisionando os trabalhos que, por la
se desenvolviam.
Religiosas e voluntários, motivados pela causa social,
trabalhavam sem trégua, numa região muito carente.
Num final de tarde, estação primaveril, o padre fez uma
reunião
de trabalho, com os coordenadores.
Assuntos diversos foram tratados. Perguntas e respostas
inteligentes e gentis.
A alegria, também, estava no ar, contagiante como o polem
da primavera.
Uma religiosa, de olhar meigo, sorriso encantador, e voz
macia, tomou a palavra e fez considerações rotineiras sobre
o seu trabalho.
O padre ficou mudo. Não assimilou mais nada da reunião.
Retornou a sua paróquia e, na casa de Deus, de joelhos, pediu
explicações a sua fé que considerava inabalável.
Não ouviu, das profundezas da sua consciência, nenhuma
reprimenda. O que o assustou mais ainda.
Não conseguiu adormecer. A freira não saía da sua cabeça.
Conversava, consigo mesmo, e só conseguia notar um sorriso
em seus lábios que ele, próprio, jamais havia observado.
Aquele rosto estava acima da sua fé?
Aconselhou-se com um padre mais velho, que deu a abertura
para tomada de uma decisão. "Meu filho, Deus é amor. Eu, mesmo,
vivi um momento igual ao seu. Não tive coragem... arrependo-me, até
hoje, embora também seja feliz na ordem religiosa. Mas poderia ter
vivido as duas vidas...".
Apaixonados, padre e freira, ajoelharam-se diante da imagem de Cristo,
pediriam permissão, no que foram atendidos por suas consciências.
Formaram uma belíssima família e continuaram, na área da educação,
prestando excelentes serviços à sociedade. Jamais abandonaram a
sua fé e os cultos religiosos.
Certamente, Deus os apoiou, em nome do amor.

4 comentários:

  1. "Se Adão e Eva fossem celibatários, onde estaríamos nós? - quem veria a Luz?..."
    "Se Maria e José fossem celibatários, Que seria de nós? - Quem levaria a cruz?..."


    A/E -(aesteves60@gmail.com)

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  2. Oi, amigo "Anônimo " !
    Conheci, pessoalmente, os dois
    personagens.
    Exemplares, acima de tudo.
    Muito obrigado pelo inteligente
    comentário, e pela honrosa
    presença.
    Um fraternal abraço.
    Sinval.

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  3. Prezado Sinval, é um prazer participar.
    Estava "passendo" pela internet e desprentenciosamente, parei e postei em seu site meu comentário com cunho "religioso" - pelo que me desculpo. Pensei tratar-se de um portal evangélico e assim dei meu parecer desse ponto de vista. O assunto, na verdade, é interessante sob vários aspectos.
    Qualquer comentário à parte use meu E.mail= aesteves60@gmail.com
    Grande abraço.

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  4. Olá, Anônimo !
    Muito agradecido pela atenção.
    Vou complementar as explicações,
    por e.mail, sim.
    Sinval.

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Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.