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domingo, 11 de dezembro de 2011

Poema: FASCÍNIO

O Cheiro do mar, das flores e do ar, não me deixam
esquecer de ti.
Atormentam os meus pensamentos, aumentando este
sofrimento.
As bravias ondas, espumantes como nuvens errantes,
lembram a fúria dos amantes, no aconchego das verdes
moitas, ainda persistentes em minhas velhas lembranças.
Ecoa nas encostas do tempo, cada vez mais íngreme,
o uivo da bela loba, abraçada, agora, ao imaginário prazer.
Acalento, na essência dos teus desejos, a revolta da triste
ausência, provocada pela partida de quem não voltou.
Teu fascínio, me assustou.
A dor cruel, sem piedade, se instalou.
E o tempo rebenqueia a frágil consciência, não de quem
pecou, mas de quem sofre por amor.
E as tuas gargalhadas, continuam a ecoar pelas muralhas
das lembranças, já destruídas pelo tempo, que se
rendeu ao fascínio de quem ficou, e nunca partiu.
Hoje, olho o mar, admiro o céu, e as nuvens parecendo véu,
cobrindo de branco as minhas doces lembranças, já sem
sofrimento, mas com o embriagador perfume de um
incomparável amor !

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