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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Poema: ACORDEI


Sedento e cambaleante, subo as íngremes encostas
da vida, à procura do amor que perdi.
A todos indago. Ninguém me responde.
Meus passos fracos, já me pedem para desistir.
Até a sombra ameaça o meu corpo abandonar.
Moribundo, sem rumo mas teimoso, prossigo.
Meus sentimentos, sopram forte como o vento,`à procura
de quem passou, e não voltou.
Descanso à beira do caminho, observando os viajantes
sem rumo, o piá dos passarinhos, e o vôo da linda e
graciosa borboleta.
Muito ao longe, escuto o badalo batendo no sino
preguiçoso.
Quase noite, meu corpo pede para ficar.
Deito na relva fresca, fecho os olhos...
Naquela " rua sem fim ", avisto uma luz tão forte,
parecendo cegante, querendo meu rosto atingir.
Fujo gritando o seu nome, e como louco sou tomado.
Mas a encontro, sorridente, olhando somente para mim.
De joelhos, em reverência, beijo os seus pés, confesso
meu caloroso amor e, com ternura, ganho o abraço que
tanto persegui.
Minh'alma feliz, o coração contente, e a sombra de volta.
Inexiste a dor. E tu, também.
Acordei...

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