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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Conto poético: MUSEU DA SAUDADE

Resido, só, neste apartamento minúsculo, com os
meus pensamentos.
Faço planos de mudar a minha vida, mas
não mudo de apartamento.
Aqui, estão os meus sonhos, e as minhas lembranças.
Cada objeto, representa uma história.
Naquele vaso de amianto, estão plantadas flores que
eu chamo de encanto, pois perfumam o ambiente, em
horas certas, nunca diferentes.
Naquela mesinha de canto, desabafo os meus prantos,
pois o cheiro dela ainda está lá.
A xicrinha, que tanto chá ela  bebeu, hoje é relíquia, ninguém
toca nela, só eu.
Aquele  sofá  já  está velhinho, eu sei, mas por nada deste
mundo o trocarei, pois era ali o seu lugar preferido para,
abraçada, conversar comigo...
Em cada parede, a sua fotografia, parecendo me olhar, a
todo lugar que eu vá.
À noite, muitas orações aos seus pés.
Tenho pedido a Deus, fervorosamente,  que  conceda
uma licença, para ela me visitar...
E se isto acontecer, vou esconde-la no fundo do coração,
e somente retornará ao céu, segurando a minha mão...
Só eu sei das coisas boas deste  recanto.
Vou  transformá-lo num museu.
Mas ninguém terá acesso. Só eu.

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