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domingo, 22 de janeiro de 2012

Conto poético: O CONTESTADO

 O que levaria um governo lançar suas tropas, armadas, em
direção a um povo trabalhador e indefeso?
A construção de uma estrada de ferro, ligando dois importantes
Estados da Federação  ?
A cobertura, de segurança, a uma empresa estrangeira, ou uma
desenfreada e gigantesca ganância, pelas terras nas mãos de
legítimos brasileiros, o nosso povo caboclo ?
Ou, quem sabe, um processo de corrupção, que se instalou nas
altas esferas políticas do nosso País ? Isto porque estávamos
iniciando um novo regime  de governo no Brasil, a partir do ano
de 1.889. Portanto, pouco mais de 20 anos  como  Republica.
Comunidades caboclas,  que  nos legaram os melhores  exemplos
de coragem, justiça, perseverança e sentimento pátrio.
Nao se curvaram diante dos poderosos.
Sob a inspiração, possivelmente messiânica, do Monge José
Maria, lutaram e venceram, por diversas vezes, as forças poderosas,
a serviço e mando de bandidos, oficialmente instalados em nosso
País.
Em 1916, muitos foram massacrados pelas forçás públicas, que se
utilizaram, até mesmo, de aviões nos  confrontos com os facões
de madeira, dos caboclos.
Quantas vidas, de um lado e de outro, foram ceifadas, a mando de
quem não tinha a  menor credencial para entender as aspirações de
um povo, amante do seu lugar.
Ainda hoje, lá no Irani, consigo escutar os estampidos das armas de
fogo, o tilintar de alguns facões, na defesa bravia dos seus direitos.
Verdadeiros heróis, que não morreram em vão, pois estão sepultados
 no coração do povo brasileiro.
Ah, meu Deus,  como fazem falta  aqueles   homens, nos dias atuais...

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