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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Conto poético: O SEGREDO DO JOÃO DE BARRO

Os dias, meses e anos se passaram.
Nada mudou naquele homem.  Seu olhar triste,
denuncia um forte golpe, que a vida lhe desferiu.
Quis o destino, impiedosamente, arrebatar-lhe dos
braços, a mulher que tanto amou.
Conheceu a fúria de uma paixão, maior do que as
suas forças poderiam suportar.
Sentiu o cheiro das flores, da terra molhada
pela chuva de verão.
Ouviu a  viola cabocla, seus versos tocar.
Chorou de emoção, ao beijar as mãos da sua
amada.
Em seus olhos, enxergou a alma divina da
felicidade cristalina, que tanto almejou.
Sentiu seu coração bater forte no peito,  e
até meio sem jeito, os lábios dela beijou.
O homem mais feliz do mundo, acabara de
nascer.
Jurou a Deus que faria daquela mulher, a
rainha do mundo. A sua rainha !
Com as suas próprias mãos, colheu do caminho
por onde passou, pedra por pedra, e construiu
sua casinha,  com muito amor.
Aprendeu tudo com o "joão de barro ",  que
cantava o dia inteiro ao seu lado, e em seu amigo
se transformou.
Depois de um ano de muito trabalho, com tudo
embelezado, foi até o povoado, para trazer o seu
grande amor.
Ninguém sabia do paradeiro de Mariazinha, nem
do filho do Joquinha, que lá, muito  distante, foram
morar.
A casinha de pedra, coberta de palha e de chão
batido, até hoje está perdida no meio do mato,
perto daquele lugar. E só o joão de barro, com os
seus gritos, sabe onde está ....

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