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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Poema: O UIVO DA LOBA

 
 
 Como um animal, transitas nas pradarias imensas e desertas
da minha vida.
Sigo teu selvagem uivo, não me importando de que lado vem,
ou para onde vai.
Estou submisso a tua vontade. Dominado.
Teu cheiro alimenta minha existência, que já se arrasta a tua
sombra, à procura da fonte que sacia a sede dos meus desejos.
Caminho sobre  as tuas pegadas, marcadas nas profundezas do
meu ser, agora dependente do teu meigo olhar.
Em noites de lua cheia, percebo tua presença por mim a
chamar.
Por vezes tento resistir, mas minha sombra me abandona, e te
segue...
Observo tua passagem frente aos meus olhos, como  a me
espreitar.
Ouço tua voz, e até teu gemido..
Interpreto teu modo de andar.
Parece me chamar.
Escuto as batidas do teu coração. Nem precisas falar.
Sou parte da tua matilha, loba querida.
Minha vida em tuas mãos.
Aos teus pés, o meu coração.

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