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sábado, 14 de janeiro de 2012

Poema: VENDAVAL DE ESPERANÇA

 
 
  Inverno, nesta maravilhosa Ilha de Santa Catarina.
O clima gelado, me encarcera  no quarto, sem a menor
chance de respirar o desejado e puro ar, à beira do mar.
Então, fico só com os meus pensamentos.
O  vidro transparente, me permite olhar pela janela,
 numa visão limitada do mundo em que vivo.
As pessoas não andam. Correm. Todas apressadas.
Não sei para onde vão, pois algumas seguem na mesma
direção, e outras para lados opostos. Mas todas, sim,
apressadas.
O vento forte, levanta a poeira, parecendo querer  mostrar
quem manda naquele lugar.
Vejo papéis sendo  levados, cães amedrontados...
A dona de casa corre para recolher a roupa lavada, que no
varal  parece deitada.
As janelas e portas são fechadas, com medo do vento,
ou do que ele possa causar.
Só e desolado, penso tanto em ti...
No calor do teu corpo, no afago do abraço.
Lembro, então, que não, apenas, o vento desalinha os meus
cabelos.
Tu fazias isto, com perfeição. E não és vento.
Fechavas as janelas deste aposento, as portas desta casa,
para nada entrar. E não és vento.
Tu entravas pela frente, sem pedir licença, pois
minh'alma exigia tua presença.
O vento, safado, entra  até pelo telhado, e nem foi convidado.
Só que o vento vai embora e depois volta, para matar a
minha saudade.
Tu, foste embora,  e eu nem vi. Nunca mais voltaste.
Mas  as portas desta casa, sempre estarão abertas
para ti...

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