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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

conto pético: AMOR PARA SEMPRE

Conheci uma mulher de pescador,  no mínimo, admirável.
Analfabeta e sábia.
Amou o seu homem, como poucas mulheres deste mundo
de Deus.
Mãe de três filhos, duas meninas e um menino.Sem contar
com os que não se criaram.
Seu marido saía para o mar, buscar o sustento, e ela
cuidando da casa e da prole.
Bens materiais, nenhum.
Mas era a mulher mais feliz da face da terra.
A pobreza, não lhe causava tristeza.
Amava a sua família, o seu grande tesouro.
Cheia de sentimentos, delicada e educada.
Humilde e submissa, não imaginava o que a vida lhe
reservava.
Ainda jovem, com 24 anos, o seu  homem o mar levou,
para nunca mais voltar.
Com os seus três filhos, enfrentou a vida.
Vestiu-se toda de negro, luto fechado, nunca mais olhou
para o lado.
A sua frente, um único objetivo: Criar e educar os seus
filhos.
Mulher guerreira e  honesta.
Morreu aos  cento e quatro anos, cega de ambos os olhos.
Oitenta anos, vestida de negro, sem jamais haver conhecido
outro homem, e sem tirar o luto, sequer, um minuto.
Um orgulho incomensurável para a família Sagaz, nesta
Praia dos Ingleses, Ilha de Santa Catarina, com  tantas
histórias, quem sabe, parecidas com esta,  para relatar.

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