A boataria correu solta na Praia dos Ingleses, nesta
Bela Ilha de Santa Catarina.
Anos de 1950. O povoado de pescadores, sem
energia elétrica e qualquer meio de comunicação,
além da via marítima, vivia isolado.
Qualquer novidade, na comunidade, era um "prato
cheio ", para os comentários de toda a semana.
Em, plena madrugada, um pescador vinha da sua
vigília, na safra da tainha e, ao atravessar as dunas,
no canto da praia, já com medo, diz haver ouvido
frenéticas gargalhadas, parecendo feiticeiras.
Em conversas na vendinha, onde se reuniam os
pescadores, ficou confirmado o acontecimento
por outros homens, também, assustados.
Os mais velhos afirmando que, nessa época do
ano, próximo à pesca da tainha, as feiticeiras
festejam a proximidade da safra, rindo e se divertindo.
Criou-se um pânico generalizado.
Ninguém mais queria saber da pesca, durante a
madrugada.
Nem mesmo o vigia, comparecia ao seu posto de
observação dos cardumes.
A conversa chegou aos ouvidos do padre da capelinha,
que resolveu interceder.
Convidou dois homens corajosos para irem ao local.
Somente um se prontificou....
Lá foram os dois, o padre e um pescador herói.
Aproximaram-se do local, rastejando nas dunas e,
realmente, ouviram por trás dos montes de areia, as
descontroladas gargalhadas, que arrepiaram, até mesmo,
o padre.
Do pescador não se pode dizer nada, pois, no primeiro
ruído das feiticeiras, saiu em desabalada carreira, nem
mais olhando para trás. Que vergonha !
Na missa das 10h, o padre fez o seu comentário, dizendo
que as gaivotas mandaram lembranças, aos corajosos
pescadores daquele lugar, e que não gostam de interferência,
quando estão namorando...
"CORAÇÂO TAGARELA" ... Uma maneira maravilhosa de dividir com amigos e familia minhas mais doces emoções poeticas....
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Conto poético: A FESTA DAS FEITICEIRAS
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Sinval, gostei de conhecer o seu blog. Gosto dessas histórias simples, histórias da vida cotidiana e que você narra muito bem.
ResponderExcluirUm abraço.
Oi, Sônia:
ResponderExcluirMuito agradecido pelo comentário.
Fico honrado com a tua visita, ao
mesmo tempo em que me estimula
narrar acontecimentos pitorescos da
minha terra.
Um grande abraço.
Sinval.