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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Conto poético: ILHA DO MATA FOME

 Próximo à praia onde vivo, avisto uma pequena ilha,
batizada de "Ilha do Mata Fome ".
Os pescadores  assim a denominam, em razão de sempre
pegarem algum peixe, por lá.
Fico a admirar o seu belo relevo, e a imaginar como seria
bom permanecer algumas horas naquele lugar.
Por generosidade de amigos pescadores, fiz a travessia
pela manhã, e retornei no final da tarde.
Permaneci, naquela ilha, por sete horas.
Tempo suficiente para vivenciar uma experiência impar.
Falei com   Deus.  Reassisti todos os filmes da minha
vida. Conversei com as pessoas queridas, que já partiram
deste mundo, e com as que  ainda estão por aquí.
Escutei  o mar conversando com os rochedos e, até,
interpretei o que diziam.
Senti um vento diferente, chegando livre, após percorrer
a vastidão do Oceano Atlântico.
Observei a  vegetação e a fauna. Como são bonitos e
graciosos, os pássaros marítimos que lá vivem.
A paz estava presente naquele lugar, bom para se
amar...  um verdadeiro paraíso.
Cheguei a sentir pena da vida melancólica, de Adão e
 Eva.
Tem tudo para fazer um ser humano  feliz.
Viveria, lá, de costas para todas as parafernálias criadas
pelo homem.
Agora, já em terra firme, olho para aquela ilha, e vejo o
quanto me enganei, ao imaginar que aquele lugar  fosse
o paraíso.
Nada disto. É o verdadeiro céu, pois consegui falar com
Deus, comigo, com as pessoas que amei, e com as que
amo... embora só.

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