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domingo, 12 de fevereiro de 2012

conto poético: ANGÚSTIA

Dias, meses e anos, somente  observando aquela linda mulher....
Passava à frente de minha casa, irradiando beleza, acendendo
os meus desejos, já  fora de controle.
Faltava-me coragem para uma aproximação, apenas uma palavra
de confissão.
Ao cair da tarde, lá estava eu, a esperá-la, só para  ve-la passar.
Sua simpatia me envolvia, me dominava...
Tomei coragem. Ofereci-lhe uma rosa amarela, como símbolo
da minha observação.
Sorriu. Agradeceu. Passou a me cumprimentar. Mais sorrisos...
Não aguentava mais aquela  distância. Precisava falar-lhe.
Queria saber quem era, o seu nome. o que fazia, onde
trabalhava, etc.
Estava cego de paixão, mas  minha timidez me impedia de
uma maior aproximação.
Tomei coragem. Nem sei onde a encontrei.
Pedi-lhe uma chance de com ela conversar. Aceitou.
Encontro marcado, para o dia seguinte.
Escolhi  o traje, treinei as palavras, lavei  o automóvel,
não consegui dormir. Foi a noite mais longa  de toda a
minha vida.
A angústia me dominou. Mas era o homem mais feliz
do planeta. Que sensação, meu Deus.
Trinta minutos antes da hora combinada, lá estava eu,
com a música já "engatilhada", para recebe-la.
Não faltou chocolates, nem ramalhete de lindas rosas.
Não dava conta de enxugar o suor da face e das mãos.
Procurava me controlar, e não conseguia.
Era muita  emoção.
O ponteiro do  meu  relógio bateu em cima das 21 h.
Estaria chegando neste horário...
21,10,  21,20,  2130,  22.00 h...
Um dia, um mês, um ano se passou e, infelizmente, nunca
mais a vi.
Nenhuma notícia tive daquela mulher.
A decepção tomou conta da minh'alma.
A angústia, que sofri, não pode ser medida... apenas
sentida. Doeu !
Assim terminou o que nunca, jamais, começou.
Que pena, meu Deus. Que pena !

2 comentários:

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.