Tenho ouvido muitas histórias curiosas, narradas neste povoado
de pescadores.
Marcas de redes de pesca, deixadas na praia, à noite, quando
se sabe que não houve pescaria.
Rastros de boiada, mas que nem gado existe por perto.
Contaram-me a história de uma mulher, muito generosa, que
viveu no início do século passado, e que morava numa casinha,
bastante humilde, no morro da pedra da guarita.
Os vestígios da construção, ainda estão por lá. Conheço-os.
Segundo me narraram, a senhora, apelidada de "Maria dos
Cachorros ", possuía uns cinquenta animais, todos abandonados
e, por ela, recolhidos na freguesia.
Muito pobre, mas nada pedia para alimentar os bichos, que
eram bonitos, e com boa aparência de trato.
Tinha este apelido pelo fato de andar, sempre, acompanhada
por seus cachorros, que a protegiam.
Quando faleceu, os cães, como que por encanto, sumiram do
morro, e nunca mais foram vistos.
Comenta-se que, em noites de lua minguante e fria, ouve-se
muitos cachorros latindo naquele local, e que, quem aguçar os
ouvidos, ouvirá gargalhadas de feiticeira.
Também, afirmam que é comum aparecer centenas de marcas
de patas de cachorros, na areia da praia, próximo aquele morro...
Estas historias eram contadas nas vendinhas, nas épocas em
que a iluminação era à base da pomboca, e regadas com muitas
rodadas de pinga, destilada aqui mesmo, nos engenhos de cana
de açúcar, na encantadora Praia dos Ingleses, nesta Capital
Catarinense.
É provável que a história, seja real amigo!!!
ResponderExcluirOs cachorros e seus donos estão fundidos... Quando os donos morrem os cachorros passam a outra dimensão.
Bonito relato, abraço
Oi, Hilda
ResponderExcluirMuito agradecido pela explicação espiritual,
pela atenção e pela honra da visita.
Com muito carinho,
Sinval.