Da vida, como tantas pessoas neste mundo de Deus,
guardo lembranças doces e amargas.
Quando criança, tinha como vizinho um homem rude,
casado com uma " santa ".
Possuíam seis filhos, todos ainda muito pequenos.
Ela o ajudava nas despesas da casa, lavando roupas
para outras famílias.
Ele retornava muito tarde e,como sempre, embriagado,
e falando alto, brigando...
Ela, submissa e amedrontada, nem se defendia.
Certa ocasião, porque a mulher não o aguardou para,
com ele, jantar, fez a maior de todas as brigas.
Dizia aos brados: "mulher séria respeita o marido.
Veja só, estou comendo sozinho. Tu pensas que sou
um cachorro ? ", etc. etc.
Daí para frente, eram agressões físicas.
Por vezes, houve a interferência da polícia, a pedido
da vizinhança.
Algumas vizinhas, amigas, na intenção de ajudá-la,
aconselharam-na aguardar a sua chegada, tentar
fazer-lhe companhia na hora do jantar.
Poderia, desta forma, evitar as brigas.
Certa ocasião, o filho de, apenas, 9 anos, disse ao
pai que queria falar-lhe.
Contou-lhe que a mãe raramente o esperava para o
jantar, porque distribuía o seu prato aos demais
irmãozinhos, ficando sem o seu quinhão.
Isto tocou profundamente o coração daquele homem.
Não somente parou de beber álcool, mas se
transformou num homem de verdade, reparando
todos os seus erros...
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