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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Conto poético: AUTO CRÍTICA


A multidão, silenciosa, passa a minha frente,
e parece não me ver.
Ninguém me cumprimenta. Também não me
olha.
Sinto medo. Pareço invisível.
Procuro  socorro no espelho...
Aquelas  pessoas tinham  razão. Estou diferente.
Vejo-me  desprezado, necessitando de cuidado.
No rosto, traços que não existiam, apareceram.
Não sei o que vieram fazer aqui, mas sei que são
testemunhas da vida.
São bem vindos. Estão vivos.
Olho para o mundo, menos para mim...
Sou  muito feliz, assim.
Quero ver as pessoas contentes, sorridentes,
mas os meus versos, são  feitos para ti.
Meus cabelos parecem  fugir da rotina.
A natureza é perfeita !
A cada momento,  sou uma pessoa diferente, no  
espelho.
Às vezes me assusta. É sincero, eu sei.
Mas, também, é incompetente, e superficial, pois
não consegue mostrar a pessoa que sou,  por
dentro.
Esta, sim, cresceu tanto que, certamente, não
caberia no espelho.
É o homem real, experiente, sensível e cheio de
amor.
E isto,  a multidão  não pode enxergar. 
A vida é uma permanente troca.
É preciso avaliar se a beleza, puramente externa,
é mais importante do que todas as demais
qualidades, e que somente são vistas por aqueles
que, conosco, convivem...
Estes, sim, me reconhecem !

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