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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Conto poético: BELEZA PREJUDICIAL





Um órgão público, de grande  expressão, e
excepcional importância, para a vida econômica
deste Estado.
Cerca de trezentos funcionários, na sua grande
maioria homens, lá trabalhavam.
No prédio, corredores enormes davam acesso
às  diversas diretorias.
Uma verdadeira passarela para desfiles.
Surgiu, naquela equipe, uma belíssima jovem,
elegante, educada, e analfabeta.
Por  falta de outra habilitação,  servia cafezinho
nas diversas salas.
Percorria as mesas, com  uma  graça singular.
Logo começaram os comentários, sobre a beleza
da moça.
Naquele prédio, já não se falava  em outra coisa.
O pior, caiu muito a produção.
Quando passava no corredor, os funcionários
interrompiam o trabalho,e iam para as portas,
observá-la...
Formou-se um  verdadeiro "frenesi", em torno
daquela beleza.
Todos estavam enlouquecendo de desejo, e as
mulheres  morrendo de ciúme.
Recebia flores, bilhetes anônimos, propostas, etc.
Inevitável, reunião da diretoria...
Decisão tomada. A moça deve ser dispensada, a
bem do serviço.
A justificativa do chefe de serviços gerais, ao
despedi-la:
"Desculpa, mas tu és muito bonita".

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