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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Conto poético: TRANSFORMAÇÃO





Fatos inexplicáveis.
O  Morro da Cruz, localizado no centro desta Capital,
na década de cinquenta, era uma verdadeira floresta.
Muitas  casas humildes  existiam no meio da mata.
Eram frutos de invasões de terrenos,  por pessoas que
não dispunham de  recursos, para uma morada  em 
local mais apropriado.
Curioso, vivia reconhecendo canto por canto, daquele
maciço.
Era uma  constante aventura. 
Para um menino, um paraíso, pois não existia violência,
e as leis penais  eram  para valer.
Havia respeito às autoridades, e segurança.
Chamou-me à atenção, uma mulher de idade avançada,
que passou a morar naquele morro, sozinha.
Era conhecida por Senhora  Obaid.
Corajosa, pensava eu, quando a via passar  à  frente da
minha casa, já no período noturno, para vencer um longo
e íngreme caminho, ate sua casinha, isolada das demais.
Ouvi uma história, acerca daquela mulher, que me deixou
intrigado, até os dias de hoje.
O Senhor Cantídio, carroceiro, homem que desfrutava de
bom conceito na comunidade, contou que estava
cortando capim, para alimentar o seu cavalo, próximo
à casa da Senhora Obaid, e que se assustou com gritos
de pavor, que vinham do interior da sua casinha.
Em seguida, viu a Senhora se transformar numa linda
mulher, e vários homens arrastando-se aos seus pés.
A mulher, cortando a garganta de dois cães, gargalhava
freneticamente...
Fugiu, apavorado, e nunca mais voltou aquele local.
Sempre duvidei deste relato. Mas por coincidência, ou
não, vários vizinhos reclamaram do desaparecimento
misterioso dos seus cães.
Passei a ficar mais assustado, ainda, quando li o nome
daquela Senhora, de trás para frente...

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