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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Conto poético: A CEGUEIRA POR CIÚME

  Nada precisa ser dito.
Os olhos falam, e expressam o que os sentimentos
querem  desabafar.
Presto atenção, escuto o coração.
Vejo o brilho intenso, provocado pelas lágrimas
da emoção.
Observei, durante muito tempo, em sala de aula,
um grande amigo profundamente apaixonado por
sua professora.
Moça bonita, expressão corporal incomum, aliadas
a um sorriso encantador, trazendo, com isto,  para o
seu trabalho educacional, todos os ingredientes
indispensáveis à uma grande paixão.
Ézio a olhava com insistência, e quando interpelado
sobre a matéria lecionada,  nem sabia do que se
tratava...
As  lágrimas, descontroladas, rolavam da sua face,
atestando o seu profundo amor solitário.
Tudo ainda permanecia sob controle, até que a
professora resolveu levar o seu  namorado, um militar
das Forças Armadas,  à escola, que funcionava  no
período noturno.
Chegou abraçada, esbanjando merecida intimidade...
Ézio ficou consternado. Inconsolado.
Não apenas abandonou aquela escola, para sempre,
como nunca mais foi visto na cidade.
A professora  jamais soube desta paixão, pois Ézio
não  lhe dirigia  a palavra, por absoluto respeito e
medo de assustá-la.
Procurei por ele durante muito tempo para dar-lhe
uma boa notícia.
Aquele militar,  que lhe desapertou tanto ciúme, era
irmão da sua amada...
Perdeu a chance, quem sabe, de conquistá-la.

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