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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Conto poético: EQUÍVOCO FATÍDICO

 Apreciava um habilidoso pedreiro, assentando
tijolos em minha propriedade.
Homem oriundo do interior do meu Estado, que
veio parar nesta Capital, à procura de trabalho.
Conheço muito bem a região em que morou,
pois, também,  vivi nas imediações, quando
criança.
Conversamos sobre tudo.
As etnias, os costumes culturais, e  os valentões
do local...
Confidfenciou-me que é  analfabeto.
Que gostava, em sua terra, de frequentar bailes,  e
beber  muita cachaça.
Ah, sim, também esteve preso por agressão,  com
arma branca.
Sua mulher o ajudava na economia do lar, fazendo
faxinas nas casas residenciais.
Foi informado, por um "grande amigo ", que sua mulher
o  traía com um caminhoneiro.
Ficou na espreita e constatou, realmente, parar um
caminhão à porta da sua casa, e sua mulher conversar
com o homem.
Enfurecido, atacou a pobre criatura com 37 facadas.
Felizmente, só perdeu o casamento, pois a mulher
sobreviveu, até para lhe informar que  o caminhoneiro,
por orientação sua, ia cobrar a prestação de um lindo
e moderno  televisor, para presenteá-lo em seu
aniversário, e pagando com as economias das faxinas.
" Quase enlouqueci ".
Relatou-me este acontecimento, chorando
copiosamente, embora já decorridos  11 anos...
Pediu-lhe perdão, dentro da Igreja, aos pés da imagem
do Cristo.
Perdoou-lhe.  Mas não poderia ressuscitar o casamento,
já que ele assassinou o seu amor ...

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