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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Conto poético: INVERNO


O frio chegando...
A chuva não dá uma trégua, molha e  arrasta tudo o
que encontra pelo  caminho.
A temperatura despenca. Sinto-me atingido.
Só me resta observar.
O vento açoita  as árvores, já sem folhas, violentadas
pelo outono, que passou.
Assobia no telhado, ameaçador.
Tudo está cinzento. Quase não aguento....
As folhas secas, caídas na calçada, já não podem  
reclamar, estão enxarcadas, e ao chão coladas.
Tento escutar o gorjear dos pássaros mas, apenas,  
o grito de guerra do gavião esfomeado, mantém um
sinal de  vida...
Este mórbido silêncio, aguça  minhas lembranças.
Penso nos dias vividos. São tantos. Sinto orgulho.
Já reconheço as pedras do caminho, posso evitar
os tropeços.
De onde será que vem toda esta  água gelada ?
Lamento pelos passarinhos, e os cães
abandonados que, como eu, estão com frio... e
do meu leito, ela partiu...
Por onde andará ?
Agora, além do frio, sinto saudade.
Quero falar de amor... ela não está aqui.
Sinto falta das flores, mas só chegarão com a
primavera. Esperarei.
Sei que ela virá...e me amará.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá, Augusta Tina !
      Já estou seguindo teu blog. Muito bonito !
      Fico agradecido pela gentil visita.
      Estou feliz.
      Um fraternal carinho.
      Sinval.

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