Quero ver o vento dobrar a ramagem, sentir a
aragem da vida, da liberdade...
Ver as pessoas, livres, andando pelas ruas,
olhando as vitrines, comprando coisas, bebendo
água num banco de jardim.
Conversar com os amigos, fazer visitas, plantar
flores, colher as marcelas, na Sexta Feira Santa.
Quero, até, andar descalço na geada, correr com
a meninada no campo, e assar pinhão nas grimpas.
Escutar o canto do siriri, tão humilde e fininho...
Da gralha pintada, a sua animada gargalhada,
quero ouvir.
Olhar o céu azul, tomar banho de cascata, cavalgar
livre pelos campos, mexer com a boiada, escutar
o canto da passarada, o grito do bugio na mata
fechada, parecendo comigo ralhar.
Ah, quando eu sair daqui...
Irei subir a montanha, gritar bem alto.chamando o
eco da minha voz, que me trará notícias do mundo.
Não quero sentir saudade deste lugar.
Só voltarei para visitar, levando notícias daqui e
trazendo novidades de lá.
Nunca mais irei voltar.
Livre, quero ficar, para sempre voar.
Todo o tempo, vou amar e sonhar.
Ah, quando eu sair daqui...para lá quero ir.
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