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sábado, 22 de setembro de 2012

Conto poético: TIMIDEZ


Quando adolescente, conheci uma bela menina,
pela qual me apaixonei.
Mas, somente eu.
Tímido, não tive  coragem para  falar-lhe dos meus
sentimentos.
Sabendo  da minha admiração por rosa amarela,
retirou do jardim da sua casa, uma pequena muda
da  roseira, dando-me de presente, para que eu
jamais  a esquecesse.
Ainda hoje, percebi o quanto é  linda, mas nunca  
manifestou o seu perfume. Entendo-a. Eu também.
E lá se vão mais de 40 anos...
Encontrei com a moça no supermercado, claro,
hoje uma senhora... mas,  ainda  encantadora.
Perguntou-me se recordava  da roseira  amarela,
nas  épocas de criança ?
Contei-lhe que sim, e relatei sobre  a beleza
daquela planta.
Disse-me que a sua  não mais existe.
Foi a minha casa, e se emocionou ao ver
a planta, tão viçosa !
Coincidência, ou não, nesta primavera, pela
primeira vez, em 40 anos,  está exalando o
seu maravilhoso perfume.
Testemunha de um amor solitário,  tem suas
raízes plantadas no passado...
Esperei por todos estes anos,  não sei bem
se  o aroma  do perfume, ou a visita daquela
"menina".
Creio que as duas coisas.
Também não sei, se as lágrimas que notei  em
seus olhos, foram causadas por saudade  da
roseira, ou por quem a esperou a vida inteira.
Pretensioso, e ainda menino...

14 comentários:

  1. Lindo conto, Sinval! Chega a emocionar, voltar ao passado. Parabéns! Um abraço.

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    1. Oi, Valéria Souza !
      Fico muito feliz com tua amável
      presença, e destacada sensibilidade.
      Um fraternal e carinhoso abraco,
      e uma feliz primavera !
      Sinval.

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  2. Belas lembranças feitas no poema. Lembre-se da adolescência com grande prazer. Primeiro amor, primeiras emoções. E eu li com prazer. Tudo de melhor!

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    1. Olá, amigo Cristian Lisandru !
      Obrigado por teu gentil comentário.
      Concordo com tuas colocações.
      Feliz primavera !
      Um fraternal abraço, e feliz fim de
      semana.
      Sinval.

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  3. É por quem você amou a vida inteira sem se dar conta.
    Passa tempo não passa saudade

    ***

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    1. Olá, amigo "anônimo" !
      Realmente, ficou uma profunda
      saudade.
      Um fraternal abraço, e feliz
      primavera.
      Muito agradecido.
      Sinval.

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  4. Há coisas que só acontecem 40 ou 100 anos, aperfeiçoando a sua beleza através desse tempo, talvez porque eles conseguem concentrar a essência de nossos desejos.
    Adorei, Sinval.
    Um abraço.

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    1. Oi, Sara O. Durán !
      Como é bom te receber nestes
      versos, e ler os teus comentários,
      sempre oportunos.
      Muito agradecido pela generosa
      manifestação.
      Um feliz fim de semana !
      Sinval.

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  5. Amor de adolescência, que foi marcante e que nunca se apaga. Que bonito!! E que depois de 40 anos ainda reencontrar com a sua amada. É uma verdadeira história de amor. Parabéns Sinval, muito emocionante. Beijos!!

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    1. Oi, "Eu...Suzana", querida!
      Boa noite!
      Fico muito feliz em receber a tua,
      sempre, generosa manifestação.
      Obrigado pelo carinho. Já estava com
      saudade da tua visita.
      Um fraternal abraço.
      Sinval.

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  6. "Esse coração Tagarela pulsando ligeiramente trás na batida segredos que envolve compassos poéticos e muita sabedoria...obrigado por seguir meu blog...Um abraço de Maria Machado.

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    1. Oi, querida Maria Machado!
      Boa noite!
      Tua sensibilidade entra en sintonia
      com as modestas coisas que escrevo, e
      resulta nesta mútua alegria, que
      acabas de comentar.
      Deixaste-me muito feliz.
      Obrigado pela generosidade.
      Um fraternal abraço.
      Sinval.

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  7. o amor impossivel, mesmo ele, tem seu perfume!

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  8. Oi, "2edoissão5"!
    Bonita dedução poética. Gostei
    messmo. Fico agradecido pela
    atenção, e muito honrado com a
    tua presença.
    Um fraternal carinho !
    Sinval.

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