Tive a oportunidade de ver vestígios da maior atrocidade
humana, já registrada.
Lá ouvi muitas histórias, revoltantes, comoventes, algumas
duvidosas, tamanha a maldade.
Como milhares de outros escravos, Monaú foi comprado na
Costa do Marfim, na África.
Jovem e forte, se constituía numa excelente mercadoria de
venda, para exploração do trabalho pesado.
Durante a travessia do Oceano Atlântico, Manaú, sempre atento,
observava as estrelas, o vento, a maré, o sol e a lua.
Parecia procurar algo no firmamento.
Ninguém sabia, mas embarcaram, naquela viagem, um escravo
dotado, não apenas da força física, mas, principalmente, de
uma inteligência e persistência, sem precedentes.
Contava aos seus amigos, que deixara, na Costa do Marfim,
o seu grande amor, a sua mãe, e que sabia que, um dia, ele
voltaria a sua casa, pois conversavam muito sobre estas
coisas de ecravidão.
Manaú, entre as pedras do costão, local totalmente ermo,
construiu, rusticamente, uma "barcaça", do tipo "jangada".
Era a sua esperança de voltar para casa. Estava justificado
porque olhava tanto para o céu, observando a posição das
estrelas e dos astros.
Traçava, mentalmente, o caminho de volta...
Preparou uma vela, feita de couros de bois, enorme, tão
forte quanto a sua audácia.
E numa noite, muito escura, com vento favorável,
lançou-se ao mar, em busca da liberdade, ancorada em
sua mãe amada.
Enfrentou tempestades em alto amar, sol escaldante, calmarias,
sede, fome e frio.
Finalmente, chegou ao seu destino, caminhou léguas em
direção a sua casa... notícia ruim...
Sua mãe foi vendida ao mesmo navio negreiro, em que
viajou para cá.
Desesperado, reembarcou em sua "jangada", rumo ao
Brasil.
Perdeu-se numa tempestade...
Contam, os jangadeiros, que é comum avistar-se, até hoje,
em noites de lua cheia, uma jangada vagando em alto mar,
de onde se ouve canções de lamento, ao sabor do vento...
Olá caro amigo, bom dia!
ResponderExcluirVenho para, além de deixar meus votos de um final de semana esplendoroso, registrar meu orgulho e satisfação por ter demonstrado interesse em participar do meu evento enviado seu texto. Estejas certa de que sua participação irá abrilhantar e enriquecer o 1º Contos e Prosas.
Muito obrigado!
Olá,"Vendedor de Ilusão"!
ExcluirMeu retorno ao teu projeto, tenha
certeza, além de atender as minhas
emoções, torna-me um privilegiado,
em poder participar de um trabalho
tão bem coordenado, por ti, amigo.
Muito agradecido por esta deferência
e atenção. Feliz final de semana, e
um fraternal abraço.
Sinval.
Sinval que maravilhoso conto ...tão verdadeiro que eu seu humilde amigo que navegador é sabe que além destes cantos de lamento ...centenas de outros cantos e outra jangadas ...de sonho emergem das profundezas do Atlântico...gritando a dor pela profunda atrocidade que este fato foi ...e agora de outra forma por outras razões em sentido contrário continuam a acontecer ...Na verdade o princípio é o mesmo ...Começa por não ter princípios ...começa por deixar o dinheiro valer mais que a VIDA ...Servir ao SENHOR das trevas ...esquecendo o Senhor da luz ...aquele que nos criou IGUAIS E PERFEITOS PARA A VIDA PARA O AMOR ...Um grande e infinito abraço meu belo amigo ... Parabéns pelo seu lindo e forte post que ele aça alguns muitos refletirem sobre a liberdade ...igualdade e fraternidade ...Pedro Pugliese
ResponderExcluirOi, Dileto Amigo Pedro Pugliese !
ExcluirVerdadeiras tuas afirmações, sobre
os conceitos de liberdade, igualdade,
e fraternidade, tríplice alicerces
da felicidade humana...
Muito agradecido por toda esta
demonstração de carinho e atenção,
amigo. Um final de semana muito feliz.
Um fraternal abraço.
Sinval.
Caro Sinval....
ResponderExcluirAs histórias de escravos, navios negreiros e a prórpia escravidão no Novo Mundo são motivos de várias narrativas.
A sua é poética, lírica e cheia de sentimentos.
A Sinfonia 40 de Mozart é deslumbrante.
Já te sigo e aguardo tua visita!
Olá, Ïntegral de Mim e de Meu Tempo"!
ExcluirMuito agradecido pela pronta atenção, e
amável manifestação. Já sou teu seguidor,
com muita alegria. Um excelente final de
semana.
Fraternal abraço.
Sinval.
¡Hola Sinval!
ResponderExcluirNos dejas un fascinante relato abrazado de poesía y melancólico también, al leerlo he sentido una gran pena.
Un relato, que hace ya mucho tiempo hubo de ser realidad: Existió desgraciadamente la venta de esclavos, que los llevaban en barcos en condiciones extra-humanas.
Gracias por compartir tus bonitas letras.
Un beso y se muy feliz.
Oi, Doce amiga, Marina Fligueira !
ExcluirSomente através dos poemas, consigo
diluir a dor que vai em minh'alma,
diante de tamanha atrocidade, praticada,
no passado, por minha Pátria. Também,
me sinto culpado. Muito obrigado pela
solidariedade.
Um fraterno e carinhoso abraço.
Sinval.
Przykro, że przegrał i nie zobaczył już matki. Pozdrawiam.
ResponderExcluirDesculpe perdemos e não mais viu sua mãe. Seu.
Oi, querida amiga, Giga !
ExcluirSei que a história de Manaú, terminou
em tragédia...
Mas foi a somatória deste esforço,
às de outros guerreiros, espalhados
por este mundo de Deus, que resultou,
finalmente, no término de uma das mais
tristes páginas da história da
humanidade.Não foi em vão, o seu
sacrifício. Parabéns por tua sensibilidade.
Um carinhoso e raternal abraço.
Sinval.
Comovente amigo, gostei dos traços bem delineados para criar este sentimento de liberdade que nos empurra pela vida.Parabens pela construção perfeita.Uma pagina infeliz da historia que sua inspiração bem revela.Meu abraço.
ResponderExcluirOlá, amigo Toninhobira !
ExcluirFico muito feliz, de todo o coração, em
constatar a tua sensibilidade, diante de
tamanha atrocidade humana. Esta página da
história, me maltrata...
Muito obrigado, e um fraternal abraço.
Sinval.
olá Sinval, obrigada por apreciar meus trabalhos, você é muito bem vindo!
ResponderExcluirE parabéns pelo teu espaço aqui, tão interessante e pleno de emoções!
abraço
Oi, DeniseScaramai!
ExcluirObrigado, por esta amável
deferência. Fico honrado com
tua visita, e muito feliz !
Um fraterno abraço.
Sinval.
Oi, querida amiga, Magda Moreira !
ResponderExcluirAinda estou me recuperando da alegria que
me envolveu esta notícia.
Creia-me, estou sem fala, sem oxigênio...
Meu coração, bate tanto, que não me permite
escrever. Esta homenagem, deixou-me
profundamente honrado, e é tão grande, que
não consigo carregá-la so. Divido-a com os
meus sinceros amigos, seguidores e
frequentadores deste modesto blog.
Resta-me, por enquanto, externar os meus
emocionados agradecimentos.
Um fraterno e muito carinhoso abraço.
Sinval.