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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

EM CADA FLOR, UMA SAUDADE


 Meditava, absorto nas profundezas da minh'alma,
sobre tudo o que amei.
Cada personagem, real como as estrelas, me causa
alegria, ou dor.
Por vezes, os dois sentimentos.
Como se expostos em galerias de artes, os vejo em
molduras diferentes.
São histórias que conheci, ou criei.
Poderia chamá-las de moldura. No centro a realidade.
À volta, os meus conceitos.
Como artista, o que restou.
Desço as escadas da vida, e me deparo com um belo
jardim. O das minhas recordações.
Estão lá as flores e, também, os espinhos.
Aspiro perfumes fortes, como os do jasmim.
As orquídeas me acalmam, oferecendo a exuberância
da beleza, e o inebriante cheiro de amor.
Identifico em cada flor, um momento de muita ternura,
alguém que amei, me amou, ou me atraiçoou.
Esta, sufocada pelos espinhos.
Com todas converso, manifestando o meu respeitoso
carinho e compreensão, até com a traição.
Em cada formosura exposta, a ternura de uma saudade,
que viaja a bordo dos perfumes,exalados pelas flores
do meu jardim...
Mas,a galeria central está reservada
ao verdadeiro amor, essência da vida e da
verdade...como seu nome

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá, prezado amigo, Antônio Machado !
      Muito obrigado pelo amável registro,
      deixando-me muito feliz, e honrado.
      Um fraternal abraço.
      Sinval.

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