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domingo, 10 de março de 2013

Conto poético: LACAIO


 
Trabalhou comigo, no escritório, um homem  extremamente
inteligente, e autodidata  em conhecimentos  do direito.
Poderia  chama-lo de "rábula".
Foi casado durante uns  15 anos.
Sua mulher veio  de uma família muito rica, da região serrana
do meu Estado. 
Filha de fazendeiros, cujos ancestrais  foram donos de muitos
escravos.
Trouxe, em  suas entranhas, um forte desejo de reviver aquelas
emoções escravagistas, de que  tivera notícias, contadas por
pessoas mais velhas.
Schmidt  era um homem bom, para com a sua mulher.
Aos poucos foi cedendo aos seus  caprichos.
Queria um lacaio. Sim, um lacaio  que pudesse  servi-la a qualquer
momento, e que jamais  contrariasse  as suas ordens.
Um jovem, nascido e criado numa fazenda, bem  retirada da cidade,
foi o escolhido por ela.
Obedecia ordens, como um mordomo, através toques de campainha.
Lavava as suas  roupas; cozinhava a sua comida,  servindo-lhe, até,  
na  boca; limpava a casa; acompanhava-a nos passeios  a cavalo, mas 
correndo, a pé, ao lado do animal.
Colocava-a  nos ombros,  ao  atravessar pequenos córregos, para não
molhar os seus pés; subia nas  árvores frutíferas, servindo-lhe frutas
frescas; escovava os seus dentes; penteava os seus cabelos; levava-a
ao  cinema; etc.
Finalmente, apresentava aos seus amigos, orgulhosamente:
"Este é o meu lacaio ".
O jovem nunca reclamava de nada, e sempre sorria com alegria, e muita
segurança.
Hoje, é ele quem a apresenta aos seus amigos, com  muito respeito:
"Esta é a mulher da minha vida, o meu grande amor.
Estamos  juntos, desde que  separou-se  do Senhor Schmidt, que nunca
entendeu  o quanto  necessitava de atenção, e carinho".
Histórias  da minha querida Terra...
 
 
 
 
 

12 comentários:

  1. Precisamos tomar cuidado, pois o amado, muita das vezes não passa de um algoz! abraços

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    1. Olá, amigo Ives !
      Muito agradecido pela
      costumeira atenção, e
      comentário oportuno.
      Um fraterno abraço.
      Sinval.

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  2. As voltas que a vida dá...
    [ ] Célia.

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    1. Oi, querida amiga, Célia Rangel !
      Exatamente isto.
      Muito agrdecido pela atenção ao
      texto, e comentário.
      Um fraterno abraço.
      Sinval.

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  3. Caro Sinval !!!

    Muito me honrou a sua visita ao meu Blog.
    Obrigado pelo carinho para comigo e meus
    Trabalhos. Passando para deixar meu abraço e carinho.
    Beijos de luz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    POETA CIGANO – 11/03/2013

    http://carlosrimolo.blogspot.com
    “Poesias do Poeta Cigano”

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    1. Olá, Carlos Rímolo !
      É uma honra receber a tua
      manifestação, e atenção.
      Muito obrigado, amigo.
      Um abraço fraterno.
      Sinval.

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  4. Como dizia a minha avó, a vida é como os alcatruzes da nora. Ora estão por cima, ora por baixo.
    Um abraço e uma boa semana

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  5. Oi, querida amiga, Elvira Carvalho !
    Muito agradecido pelo comentário, e
    pela amável presença. Fico muito feliz.
    Uma ótima semana, também, e um fraterno
    abraço.
    Sinval.

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  6. Sinval!
    Gostei muitode seu blog, muito criativo,textos maravilhosos e imagens emocionantes.
    Parabens

    iara

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    Respostas
    1. Oi, querida amiga, Iara Vilella !
      Deixaste-me muito feliz, com tua
      presença e comentário.
      Muito agradecido, e um fraterno
      abraço.
      Sinval.

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  7. Olá vim através do Agenda dos blogs.amei esses contos lindo e essa musica de fundo embala ainda mais o conto te faz viajar sem sair do lugar lindo demais..Parabéns.já estou te seguindo..Te convido a conhecer meu blog http://ingridmimos.blogspot.com.br Tenha uma Ótima semana..Bjssss

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  8. Oi, Ingrid Mimos !
    Fico honrado com tua presença,
    e atencioso comentário.
    Deixaste-me Feliz. Visitarei o
    teu blog, com muito prazer.
    Feliz semana, e muito agrdecido.
    Um carinhoso abraço.
    Sinval.

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Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.