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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Conto poético: BOLA DE MEIA


 
Poucos meninos, de hoje, sabem o que é uma " bola
de meia".
Foi  necessário  morar nos morros da periferia, para
entender o que é  pobreza  selvagem  e, depois,
compreender  tudo isto.
Dividir um pedaço de pão, com seu amigo, construir
pandorgas, brincar na chuva, para  entender o que
representa esta bola, recheada, agora, de lembranças.
Mas era tanta alegria, que até da miséria se escarnecia.
Chega a saudade daquela amizade, que lá no morro
residia...
solidários  amigos !
Juro, ainda  ouço as debochadas  gargalhadas da
rapaziada, querendo a pobreza espantar.
Também,  debochei.
Substituí a  tristeza,  por um coração  transbordante  
de  amor ! E deu certo.
Fazendo companhia  a um punhado de  bolinhas,
coloridas e  tagarelas, com todo o  carinho guardadas,
encontrei, adormecida, uma daquelas bolas do passado.
Na mesma caixinha, habita o dançarino pião, que
tantas vezes alegrou o meu coração.
Hoje, testemunha da minha infância querida !
Sob meu olhar atento, o  malabarista e  audacioso 
boloquê,  se exibe como  antes,  sorrindo para mim.
Não resisti. Retornei aquele lugar, e ainda estava lá um 
daqueles meninos.
Não cresceu, continua criança, como eu, chorando de
saudade daquela  amizade, que o tempo não destruiu.
Aquela bola de meia, guarda o amor verdadeiro, que
uniu a todos numa só emoção !
 
 

26 comentários:

  1. Que lindo conto,Sinval!

    Relembrar a infância,mesmo que pobre,é sempre maravilhoso.Criança é feliz com o que tem!

    E você voltou a ser uma delas nessas reminiscências!


    Beijos e lindo fim de semana


    Donetzka

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    1. Oi, querida amiga,
      Donetzka Cercck L. Alvarez !
      Esta história é 100% real,
      e me traz profundas recordações.
      Muito agradecido pelo carinhoso
      comentário. Um fraternal abraço.
      Sinval.

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  2. Muy bonito escrito de los que se revive un ayer y un mundo que sigue existiendo.
    Saludos y gracias por pasar

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    1. Oi, "Mari-Pi-r"!
      Muito agradecido pelo amável
      comentário. Um fraterno
      abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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  3. Olá,Sinval!!!
    Obrigado pelo carinho da sua visita.
    Seu post é incrível,fazendo-o a reviver momento maravilhosos de sua infância.
    Beijos e um abençoado final de semana.
    Soninha.

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    1. Soninha, amiga querida !
      É uma honra te visitar.
      Muito agradecido por teu
      comentário. Fico feliz.
      Um carinhoso abraço, e um
      alegre final de semana.
      Sinval

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  4. BOA NOITE AMIGO !
    FELIZ DAQUELE QUE TEM UMA RECORDAÇÃO PARA LEMBRAR E CONTAR...FELIZ QUEM PODE RECORDAR...
    BJS DE BOA NOITE !

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    1. Oi, amiga Severa Cabral !
      E essas recordações aguçam
      os meus sentimentos.
      Muito grato, querida, pela
      atenção carinhosa.
      Um fraterno abraço.
      Sinval.

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  5. O que me encantou mais foi o pião...mas como menina o pião era o colorido, acho que de corda, que eu amava de paixão...os meninos brincavam com o de madeira onde se enrolava uma cordinha e exigia perícia.Comprei um para o meu neto e ele nem ligou...eles gostam agora de "games". Como serão as saudades do futuro?

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    1. Oi, amiga querida, Guaraciaba Perides
      É uma saudade imensa daqueles tempos...
      As crianças atuais,certamente, sentirão
      saudades dos joguinhos eletrônicos.
      Obrigado pela presença, e pelo doce
      comentário. Um fraterno abraço.
      Sinval.

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  6. Oi Sinval!
    Que bom vir aqui e reviver as brincadeiras simples e felizes que fizeram parte da
    nossa infância.
    Quem dera se as crianças de hoje brincassem tão avidamente e feliz, como certamente você brincou com sua bola de meia, bolinha de gude, pião...
    Quantas amizades boas através dessas brincadeiras foram feitas!
    Ficará para sempre no coração!
    Você me fez lembrar as minhas bonequinhas de pano!!
    Abração!!
    Mariangela

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    1. Oi, amiga Mariangela !
      Ainda sinto, na alma, aqueles
      momentos felizes. Que bom saber
      que, também, os tenhas vivido.
      Muito grato, pela carinhosa atenção.
      Um fraternal abraço, e bom fim de
      semana.
      Sinval.

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  7. A bola de meia, o balanço de pneu velho, as bonecas de palha de milho, as amarelinhas riscadas na terra, e as bolinhas de gude na terra em birocas...fizeram minha infância inesquecível e criativa.
    Abraço, Célia.

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  8. Oi, Célia Rangel !
    Posso imaginar, como deve ter sido
    linda, a tua infância. Assim como
    a minha, também o foi. Que saudade !
    Muito agradecido, querida amiga.
    Um carinhoso abraço.
    Sinval.

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  9. Ay, Sinval ! ¡cuánta ternura desbordada ! He vuelto a ser una crianza. Sí, he conocido "la bola de meia y as bolinhas" no porque jugara con ellas , yo tenía mi muñeca como correspondía a la minina de la casa . Y ahora me dejas chorando de saudade, queriendo volver a la niñez.
    ¡Precioso texto !
    BEIJOS !! MUITA LUZ PRA VOCE. :)

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  10. Oi amiga, Maria del Carmen Nazer !
    São lembranças muito fortes, que
    não calam, gritam para sempre,
    querendo aquele tempo voltar.
    E eu atendo, chorando, e escrevendo
    este conto...
    Muito agradecido, querida, pela
    solidariedade. Um carinhoso abraço.
    Sinval.

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  11. Eu não vivi num morro, mas em Portugal, quando eu
    era miúda também havia bolas dessas. Não o esqueci.
    É bom que nunca nos esqueçamos.
    Bom fim de semana.
    Bj.
    Irene Alves

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    1. Oi, Irene Alves,
      "Silenciosamente Ouvindo"!
      Ninguém pode esquecer momentos
      tão marcantes, se vividos.
      Fico muito feliz com tua
      presença, e amável comentário.
      Um ótimo fim de semana, querida,
      e um fraterno abraço, aqui do
      Brasil.
      Sinval.

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  12. E como éramos felizes naquela época. As ruas e becos da favelas eram nossas. Hoje nossos filhos se trancam na Internet porque estas mesmas ruas e becos não são como antes.

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    1. Oi amigo, "5n3v35 "!
      Tudo mudou. Somente a saudade restou.
      As lembranças, entretanto, me fazem
      feliz. Muito grato, pela solidariedade.
      Um fraternal abraço.
      Sinval.

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  13. Sinval

    Porque me criei do jeito de que fala o belo conto, senti gosto de o ler. Que não sinto saudades desse tempo, não. Estou completamente desenraizado. Claro que sempre fui feliz, mas julgo ter nascido para algo mais. No entanto - "recordar é viver" e senti-me feliz mais uma vez.
    Um abraço

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  14. Olá, Daniel Costa !
    Entendo o teu jeito de ser.
    Certamente, és feliz em outras
    trilhas da vida, amigo. Muito
    grato por tua atenciosa presença.
    Um fraterno abraço.
    Sinval.

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  15. Brilhante seu blog, conteúdo objetivo e muito didático.
    Deixo um mimo para você.

    Uma chuva de bençãos desça sobre sua casa!
      
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    APDSJC!
    ***Lucy***

    A propósito, caso ainda não esteja seguindo o meu blog deixo aqui o convite:
    Fruto do Espírito

    P.S. Convido a conhecer o blog do irmão J.C.de Araújo Jorge.
    Mensagens atuais, algumas polêmicas, porém abençoadoras...
    Acesse e confira:
    Discípulo de Cristo

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    1. Oi, Lucy "Fruto do Espírito "!
      Muito agradecido pelo comentário
      generoso, e pelos convites.
      parabéns pela bela criatividade
      gráfica. Um fraternal abraço,
      querida amiga.
      Sinval.

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  16. "Há um menino, há um moleque
    Morando sempre no meu coração
    Toda vez que a tristeza me alcança
    O menino me dá a mão
    E me fala de coisas bonitas
    Que eu acredito que não deixarão de existir:
    Amizade, palavra, respeito,
    Caráter, bondade, alegria e Amor."
    (Bola de Gude - 14 Bis)

    Machado de Assis estava certo: o menino é o pai do homem, pois ~soa essas lembranças da infância que se tornam as metáforas mais ricas e influentes da nossa vida.

    Me emocionei muito :3

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    1. Oi, Dilly Monnete !
      Sábias e oportunas citações,
      querida amiga. Muito grato
      por externar as tuas emoções.
      Um carinhoso abraço.
      Sinval. Fico feliz, mesmo.

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Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.