Final de primavera.
O verão
já está logo ali, abrindo as cortinas para
mostrar esta
Ilha paradisíaca, em que resido.
Sentado,e
à sombra
de um
aconchegante "Kioski",
observo
as ondas,em ritmo compassado,
embalando
gaivotas faceiras e
saciadas,em
época de reprodução.
É só
amor...o mar entoa canções,
atraindo embarcações,
enchendo
os olhos
do pescador.
Afoitos,surfistas
desfilam
com suas coloridas pranchas,
à beira
d´água, impressionando
a garotada, que já exibe a textura
do sol carinhoso.
O vento de hálito quente,sopra da terra para
o mar.
Meu olhar
é interrompido por uma
vóz gentil, e familiar.
Senta-se ao meu lado, o Senhor Conde,
um conhecido
e experiente
pescador, nativo deste lugar
e que sempre tem uma boa
conversa, para registrar.
Dividi,
com ele,
as minhas emoções,
já que é um homem bem informado,
e muito
sensível.
Nem
precisei comentar.
Percebeu...
Percebeu...
disse-me:
"Como
é lindo este pedaço de chão!
Resido,
aqui, desde que nasci, e não me canso de
observar a
sua beleza. Cada momento
é
especial, como se fosse um
cenário
de teatro, se modificando
a todo
tempo."
Retirou o
surrado chapéu de
palha da
cabeça, colocando-o
sobre o
joelho, dizendo-me, emocionado :
"Esta
praia tem 6 km de extensão, e eu
a
percorro diariamente.
Além do
mais, este interminável
Oceano,
me seduz, me faz muito feliz !
É um
sentimento de liberdade indescritível.
Vejo as
reações,e ouço os grunhidos
das gaivotas, e sei o que estão
procurando.
Parece uma dança !
Parece uma dança !
marinhas,
algumas são estranhas.
Sinceramente,
sinto piedade
daqueles senhores ladrões,
daqueles senhores ladrões,
que
furtaram o dinheiro do povo,
o meu dinheiro.
Não podem
desfrutar desta
liberdade,
que me é oferecida,
gratuitamente,
pela natureza.
Talvez,
nem saibam do que estou falando.
Vou para
casa,abraço e beijo
os meus
filhos, e netos, de
cabeça
erguida,e todos tem
respeito,
admiração, e orgulho de mim.
Aqueles senhores,vigiados
por policiais,
estão condenados.
São bandidos, algemados pela lei.
Em minha
casa, até pode faltar luxo,
mas sobra vergonha,dignidade, e liberdade.
Sinto-me um milionário,preservando minha honra,
falando
de amor.”
Nossa,
tenho orgulho daquele homem, simples,
honesto,e sábio!
Uma bonita história muito bem contada. Quando era menina vivia rodeada de pescadores. Havia um já idoso a quem chamavam de Duque, porque era muito bem falante e sabia ler e escrever coisa que naquele tempo poucos sabiam.
ResponderExcluirUm abraço e uma boa semana
Oi, querida amiga, Elvira Carvalho !
ExcluirTambém ,tenho muitos amigos pescadores.
São sábios. Vivem na natureza, livres.
Muito agradecido por tua visita, vinda de
longe, e de uma Terra tão bela.
Um fraterno abraço.
Sinval.
Esta, Sinval, é a sabedoria do bem viver, Deus te abençoe meu querido!
ResponderExcluirQuerida amiga, Claudete !
ExcluirQue continues, também, abençoada, por
haveres entendido a mensagem, que os
condenados desprezaram.
Um fraterna,l e caloroso abraço de
agradecimento.
Sinval.
A liberdade de quem não se permite ao aprisionar do poder e da cobiça tem sempre muito a nos ensinar.
ResponderExcluirCadinho RoCo
Olá, Cadinho Roco !
ExcluirSábias colocações. As mesmas, em procedimentos,
adotadas por um homem simples, desprovido da
marginalia ambição. Que sirvam de lição, não
importando a fonte, ainda que de um pescador.
Um fraterno abraço, amigo.
Sinval.