Esgazeadas noites de outono.
Frias, e silenciosas.
Quantas lembranças passeiam em minha mente.
Do alto da montanha, da janela daquela pequenina
casa de madeira, tinha o mundo aos meus pés.
As luzes da Cidade tremulavam, parecendo vagalumes
acesos.
Dos arredores, chegava o som de uma cantoria, repleta
de alegria, para a noite festejar.
Cada qual cantava de um jeito, batendo asas no peito,
gritando alto, e falando sério.
Não há mistério.
São os galos da minha Terra !
Numa perfeita sinfonia, quebravam o silêncio da madrugada,
assustando as namoradas, proibindo aventurar.
Os galos de natal, incrível, cantavam bonito, a longa
nota musical.
No meio dos galináceos, eram classificados como elite !
Eu mesmo tive um, "polaco," que cantava a noite inteira,
fazendo uma barulheira, querendo o morro acordar.
Em noite de luar, pensando o dia raiar, descia do poleiro,
esgravatava o terreiro, parecendo um macumbeiro,
assustando as galinhas.
No pescoço, nem penas tinha !
As penas, agora, são minhas, sentimento de saudade,
que invade a minh'alma, me fazendo chorar.
A moça já pode "dar o fora", nem precisa ser fora de
hora, pois o vigia do morro foi embora, deixando o
meu sofrido coração.
A montanha silenciou... e a saudade, somente a saudade,
restou.
Belo poema recheado de memórias e saudades.
ResponderExcluirBeijo.
Querida amiga, Graça Pires !
ResponderExcluirFico muito honrado e feliz, por receber
a tua visita, vinda de tão longe, de uma
Terra encantadora.
Muito agradecido pelo carinhoso comentário.
Um fraterno abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Belo poema...Espectacular....
ResponderExcluirCumprimentos
Prezado amigo, Fernando Santos ( Chana ) !
ExcluirAh, que maravilha receber a tua visita, vinda
de tão longe.
Este teu comentário, eleva a minha alto
estima, deixando-me feliz !
Aceita, agora, o meu caloroso abraço,
aqui do Brasil.
Sinval