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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Conto poético: ABNER

Ouço, ao longe, uma suave melodia de natal !
Os bons sentimentos afloram à pele, pedindo
para falar, escutar, ajudar...
Sentado, com as costas apoiadas a um  muro de
pedras,  protegido por uma acolhedora sombra,
um homem, um velho homem, descansa.
Não me atrevi importuna-lo com as minhas
curiosidades, para saber o que já imaginava.
Limitei-me, então, somente observa-lo.
Uma bolsa  vermelha,  certamente contendo de tudo,
foi o que da vida lhe restou, além de muitas lembranças.
Em seu sono profundo, esboçava sorrisos  inocentes,
parecendo uma criança adormecida.
Toda a sua inconsciente  expressão, era de felicidade !
Serenamente, acordou.
Cumprimentei-o, carinhosamente.
Sem que nada lhe perguntasse, disse-me:
" Chamo-me Abner.
Estou cansado e com muita saudade de todos e,
em especial,  das crianças.
Minha estrada é longa, infinita...
Um  mundo de amor, fantasias e realidade.
Há poucos minutos, sonhei com  momentos felizes,
vividos intensamente por mim.
Prometi,  aos meus amigos e irmãos, sempre voltar
nesta época do ano.
Estou aqui, cumprindo minha promessa."
Incrível, retirou daquela sacola suas vestes vermelhas,
transformando-se no mais lindo, autêntico, e  único
PAPAI NOEL, jamais visto por esta região !
Voltou para trazer um tríplice e fraternal abraço, a todos
os seus irmãos, que retribuem com alegria e interminável
saudade !

8 comentários:

  1. Emocionante seu conto diante da realidade que vemos em nossas ruas...
    Abraço.

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    1. Oi, querida amiga, Célia Rangel !
      Este Papai Noel, que aparece na ilustração, é uma
      fotografia real, autêntica. Um grande amigo que
      nos deixou... e que amava esta nobre função.
      Muito grato por tua honrosa atenção.
      Um carinhoso abraço.
      Sinval.

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  2. Um texto que emociona. Quem disse que o Pai Natal não existe?
    Um beijo e BOM NATAL.

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  3. Querida amiga, Graça Pires !
    O Papai Noel, deste conto, foi um grande amigo meu.
    O mais lindo, e o mais autêntico de todos os que já
    apareceram em minha terra.
    Muito agradecido por teu carinhoso comentário.
    Um fraternal abraço, aqui do Brasil, com os votos
    de um Nata feliz, muito feliz !
    Sinval.

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  4. Olá, boa noite!
    Vim para lhe desejar uma óptima Quadra Natalícia!

    Saudações poéticas!

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    1. Olá, amigo Poeta, Vieira Calado !
      Mas que desastroso eu, não te responder no tempo
      que mereces. Muito agradecido, amigo, pelo carinho.
      Um fraterno abraço, aqui da minha Terra.
      Sinval

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  5. Amigo Sinval, comove este seu singelo conto, e a tratar-se de alguém que fez parte de sua vida como bom amigo, mais toca-nos a sensibilidade.
    São boas lembranças que ficam.
    Desejo-lhe umas festas com saúde e paz junto dos que lhe são queridos.

    abç amg

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    1. Querida amiga, Carmem Grinheiro !
      Peço desculpas, por favor, por não haver
      respondido oi teu carinhoso comentário,
      no tempo que bem mereces.
      Fico muito grato e feliz !
      Um fraterno abraço, aqui da minha Terra.
      Sinval.

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