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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Conto poético: ESPÍRITO GUARDIÃO


 
Na madrugada gelada, ouço o grito do mar,
parecendo comigo brigar, ou  trazendo recado
de alguém, com saudade deste lugar.
O sono  me abandona, e sinto medo das águas.
Estão revoltadas, esmurrando os costões.
Abro os olhos, e me assusto com um vulto na
penumbra.
Está com medo, como eu.
Não tenho forças para lhe indagar.
Parece-me conhecido de algum lugar...
Até sua veste me é familiar.
Diz  saber tudo a meu respeito, aponta os
meus defeitos, fala das minhas virtudes,
com a proximidade de quem muito me
conhece.
Momentos de ironia, senti em seu falar.
Envergonhado, nada lhe respondo.
Sabe o que está dizendo.
Fala dos meus amores, cita nomes, revela
segredos que somente eu conhecia.
Lembra-me de fatos distantes no tempo, que eu
já havia esquecido.
Aumenta o meu medo...
Advertiu-me, num tom de voz protetora e amiga !
Penso, até mesmo, tratar-se de um " espírito
guardião".
Por algum tempo, fiquei confuso.
Ah, este espelho !
 
 
 
 
 
 
 

6 comentários:

  1. Muito criativo! Gostei do estilo deste conto.
    Boa tarde!

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    Respostas

    1. Oi, querida amiga, Ana Bailune !
      Fico muito agradecido por tua presença,
      e carinhoso comentário.
      Um fraternal abraço de boa noite !
      Sinval.

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  2. Adorei este poema...Também tenho um espelho igual.Teremos comprado na mesma loja? E não vale a pena fugir...Se é anjo ou não, ele sabe tudo de nós!
    Beijo e bom ano,
    Graça

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    1. Oi, amiga Graça Pereira !
      Fico muito feliz por chegares até meu texto,
      manifestando um carinhoso comentário.
      Quem sabe, da procedência...
      Um feliz ano novo, querida, e um fraterno
      abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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  3. Será o espelho ou o anjo da guarda? Cheio de imaginação o poema, amigo, Sinval. Gostei mesmo.
    Um beijo.

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    1. Ah, amiga Graça Pires !
      Quem me dera poder distinguir uma coisa da outra !
      Mistérios...
      Muito grato, querida. Retribuo a sempre honrosa
      presença, enviando um carinhoso abraço, aqui do
      Brasil.
      Sinval.

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