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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Conto poético: UMA PROFECIA DE AMOR


 
Em posição fetal, deitado à relva fresca, um
homem em transe, tenta expressar  a
incontida emoção, represada em sua alma.
Ouvi, discretamente, o que dizia:
" Nem mesmo o vento te tocará.
Os olhos alheios não te verão. Os meus não
permitirão.
As flores, diante de ti, perderão o perfume e o
gorjeio silenciará, tamanho o teu esplendor.
A água da cachoeira  subirá às encostas, e os
mares se calarão.
O silêncio se  fará, diante do teu passar.
A noite e o dia, trocarão de lugar, pois o poente
se fará  ao nascente.
Serás o amanhecer, o alvorecer da vida, o
infinito da felicidade, a beleza, que nem mesmo
a natureza, haverá de imitar.
Calarás a boca do poeta, na hora dos seus versos 
declamar.
Mudarás  tudo o que existe, e o que existirá.
Serás a única inspiração de  tudo o que se falar.
Ninguém haverá de mudar esta profecia, porque
tu és o amor, a sublime verdade, o meu amor.
Somente tu serás, ninguém mais ! "
Banhado em lágrimas, adormeceu balbuciando
outras palavras, que não consegui entender.
Um ser, verdadeiramente apaixonado...
 

2 comentários:

  1. Paixão a valer, amigo Sinval... Muito belo!
    Beijo.

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    Respostas
    1. Amiga querida, Graça Pires !
      Quem pode avaliar a intensidade
      das emoções alheias ?
      Muito agradecido por tua sempre
      honrosa, e atenciosa presença.
      Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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