pulsando

Seguidores

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Poema: ESBULHO


Nas entrelinhas dos teus versos, meu
nome, faceiro,  aparecia.
Interpretava, orgulhoso,  todo o texto 
amoroso, dirigido aos meus sentimentos.
Da doce ilusão, nem uma letra  restou.
Não me vejo mais incluído, no vendaval
daquela paixão...
Foram desfeitas as  rimas e as ilusões.
Sem haver pecado, embora fui mandado,
e ao sofrimento condenado.
Somente sou encontrado nas 
frases do passado.
Sou interrogado, como se fosse  culpado  
de atos  que  nem sei.
Expulso da poesia, sem haver cometido
heresia,  sinto-me uma letra morta.
Não desejo mais desfilar nos teus poemas,
ainda que restrito à  exclamação,  ou ao 
ponto de interrogação.
Quero libertar meu sofrido coração,  dar
asas à imaginação, e caminhar sem culpa 
ou pecado, levando na  memória a mágoa 
de  haver sido,  dos teus versos,  esbulhado.
 
Autor:   Sinval Santos da Silveira



    

4 comentários:

  1. A mágoa do amor... Dê asas à imaginação, amigo Sinval, porque ela o levará pelos trilhos do sonho e da esperança.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah... amiga Graça Pires !
      Como é bom receber os teus experientes
      comentários, tão recheados de verdades.
      Muito grato, querida, e um afetuoso
      abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

      Excluir
  2. Dar asas ao próprio coração e viajar por aí.
    Muito linda a sua poesia.
    Um abraço amigo

    ResponderExcluir
  3. Olá, Gato Cinzento !
    Fico muito honrado com a tua presença,
    e generoso comentário !
    Muito agradecido, amigo.
    Um fraterno abraço.
    Sinval

    ResponderExcluir

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.