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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Poema: ALMA CREMADA



Minha sereia deitava na areia, para
comigo  namorar.
Chegava  na madrugada, conversava
com a passarada, trazendo notícias do 
fundo do mar.
Tudo era só encanto.
Mas, li em seus olhos a chama do amor 
se apagar.
Sua beleza  chamou a atenção de um 
pirata pescador, que a levou para bem 
longe deste lugar.
Do trapiche, ainda vejo na flor da água, 
o rastro que o seu barco deixou.
Foi embora,  habitar outros mares, quem 
sabe no norte, quem sabe no sul...
Abandonou o meu ninho, deixando um 
triste passarinho, sem alegria para cantar.
Nem mesmo a força da lembrança,
conseguiu manter a esperança de um 
dia ela voltar.
Hoje, na mesma praia de areia branquinha, um
 bilhete, numa  garrafa vazia,  flutuava
nas ondas do mar.
Ansioso, li a  mensagem que escreveu com
 euforia, mandando minha alma cremar !
Cumpri o seu desejo.
Agora, vou semear as cinzas no alvorecer
de uma nova vida, na esperança de  outro
amor  encontrar !
    

4 comentários:

  1. Deixou fugir a sua sereia, amigo Sinval? Ficou-nos o seu poema com a sua esperança de outro amor...
    Um beijo.

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    Respostas
    1. Querida Amiga, Graça Pires !
      Muito acertadamente interpretado.
      Ninguém consegue dominar o abstrato...
      Muito agradecido pela atenção, com o
      meu carinhoso abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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  2. Quanta dor! Mas o amor tem dessas coisas.

    Grande abraço!

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    1. Ola, meu novo e honrado Seguidor,
      Lourisvaldo Santana !
      Dói demais, amigo, é verdade.
      Muito grato pela distinta atenção.
      Um fraterno abraço.
      Sinval.

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