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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Conto poético: A BRUXA DO COSTÃO



É, apenas, uma pedra, apelidada  de 
"guarita".
Todos os pescadores a conhecem.
Muitas histórias, talvez lendas, giram ao 
seu  redor.
A noite estava calma, assim como manso,
estava o mar.
As águas  espelhavam uma linda 
estrada prateada, parecendo 
subir nas encostas da montanha.
Senti-me  parte daquele belo espetáculo.
Estava só, com  os meus pensamentos 
repletos de imaginação.
Para espantar o medo, cantava ou assobiava.
Muitas histórias de assombração ouvi, desde
menino, sobre a  " guarita ".
Piratas assassinos, sereias e bruxas, moravam
lá, garantiam os velhos pescadores.
E eu estava "lá", na madrugada.
Lembrei-me da história mais contada
 nas "vendinhas" do lugar.
Narravam:
" Escutei um murmúrio,  vindo daquela pedra.
Poderia ser um animal da mata, ou o barulho 
do mar. 
Mesmo assustado, fui  olhar.
Uma linda e sedutora mulher, distante pouco
 mais de vinte metros,  chamava por mim.
À medida que dela me aproximava, mais perto
do mar ela ficava.
Andava  sobre a água, na estrada prateada,
fazendo sinal para acompanha-la.
Fui até à beira das pedras mas, por medo,
recuei.
Salvei a minha vida e ela  sumiu  no meio 
de frenéticas  gargalhadas.
Muitos pescadores desapareceram  naquele
 pesqueiro,  sem causa aparente... ".
Até hoje,  contam esta  história da "bruxa do costão".
Mas eu só ouvi  grunhidos de gaivotas, atrás 
das rochas, parecendo gargalhadas.
O medo faz coisas...


Sinval Santos da Silveira









6 comentários:

  1. Mistérios... adoro rs...

    bjokas =)

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  2. Gosto de lendas e de histórias de assombração. Gostei muito desta que contou, amigo Sinval.
    Um beijo.

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  3. Oi, amiga, Bell !
    Que bom te encontrar por aqui.
    Eu, também, adoro essas histórias,
    e são muitas contadas nesta Ilha.
    Muito agradecido pelo carinho,
    querida. Um fraterno abraço, e um
    ótimo final de semana.
    Sinval.

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  4. Oi, minha querida Amiga, Graça Pires !
    Vou vassculhar, nesta Ilha, outras histórias
    do gênero, para conta-las neste Blog.
    Muito agradecido pela carinhosa e costumeira
    atenção.
    Um fraterno abraço, aqui do Brasil.
    Sinval.

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  5. Olá, Sinval, quanto tempo! Mas a gente encontra os antigos amigos rodando pelos blogs dos novos. E retorna.
    Lindo poema, saudades daqui!
    bjus, Sinval.

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  6. Poxa vida, Tais Luso !
    Que presentão, o teu retorno !
    Muito grato, querida.
    Um carinhoso abraço do teu "vizinho".
    Sinval.

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