Estou na área mais antiga de minha Cidade.
Acaba de amanhecer e os pardais gorjeiam, freneticamente.
Procuram migalhas, deixadas por mendigos
que habitam as noites.
Casas baixas, centenárias, sem verdes ou
flores nas vielas.
Não sinto o aroma de perfumes, além dos
exalados pelas prostitutas, ainda flertando
transeuntes.
Fazem perguntas, e sem respostas, tentam
conquistar corações carentes, vendendo
amor a qualquer preço.
Neste ambiente, de mãos dadas e de
passagem com um homem, avisto a mais
linda e carinhosa mulher que conheci em
minha vida.
Abraçam-me, cordialmente, e se despedem
felizes e sorridentes !
Então, fico dominado pelas recordações,
e continuo o meu caminho.
No passado, muito recente, foi todo meu
aquele carinho.
Hoje, faz parte de uma saudade que me
corrói.
Isto não pode ser chamado, simplesmente,
de "ciúme".
É um sentimento inexplicável, inominável,
que causa medo...
Vizinha com a alucinação, ou é
um terrível pesadelo.
Sinval Santos da Silveira
Belo poetar querido poeta. Expressivas palavras. Lindo blog. Parabéns
ResponderExcluirOlá, Poeta - Francis-Perot !
ResponderExcluirBom dia e muito agradecido pela honrosa visita
e generoso comentário. Fico muito feliz !
Um fraterno abraço.
Sinval
A saudade pode magoar, sim, meu amigo Sinval. O seu poema fala dessa mágoa. Gostei muito de o ler. Muito engraçada a imagem.
ResponderExcluirUm beijo.
Oi, minha Amiga querida, Graça Pires,
Excluirboa noite !
É um tormento, a dor naquela situação.
Um sentimento mortal. Não há definição.
Muito grato pelo carinhoso comentário.
Um fraternal abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Uma história de vida, do cotidiano muito interessante e bem contada em forma de poema.
ResponderExcluirbjs, querido amigo.
Oi, querida Amiga, Tais Luso, boa noite !
ExcluirFico muito honrado em receber o teu
comentário.
É necessário equilíbrio para sobreviver,
emocionalmente, a uma situação desta.
Um carinhoso abraço, aqui do vizinho Estado.
Sinval.