Estou envolvido por um denso nevoeiro,
turvando a luz do meu caminho, e mudando
a vida da minha Cidade.
A noite fica fria, parecendo congelar as
minhas entranhas.
Ate os cães vadios sumiram das ruas !
As moças, tão bonitas de saias curtas, como
que por encanto, se mudaram dos pontos
de encontros, onde conquistavam seus brotos.
Mas, hoje é sábado e o baile, tão esperado,
já começou lá no outro lado da praça.
A viola de doze cordas, tagarela e afinada,
não para de tanger.
O violeiro desliza os dedos sobre os
trastes e, como se não bastasse, desafia
o som do pandeiro, chamando para a roda
o valente sanfoneiro !
Só não consegue dissipar o nevoeiro.
O " arrasta pé" não tem hora para acabar,
atravessa a madrugada, indo até o dia
raiar !
As mães, desconfiadas, ficam sentadas nos
bancos, a noite inteira, cuidando das filhas namoradeiras.
Os rapazes, safados e faceiros, oferecem
bebidas às olheiras, querendo sua confiança
conquistar.
E lá fora, o bendito nevoeiro tudo encobrirá,
assim que o próximo baile começar !
Sinval Santos da Silveira
Gostei o nevoeiro dá medo mas tem algo bonito atrás desse mistério.
ResponderExcluirOi, Bell, querida amiga !
ExcluirBoa noite.
Também vejo, assim.
Transforma tudo num denso mistério.
Muito agradecido pela atenção, querida.
Um carinhoso abraço.
Sinval.
Retrato de muitas realidades brasileiras!
ResponderExcluirAbraço
Ninha querida amiga, Célia Rangel !
ExcluirPresenciei tudo isto, por muto tempo.
Até o nevoeiro...
Fico agradecido por tua costumeira
atenção, e desejo que tenhas uma boa
noite, com um fraternal abraço.
Sinval.
A névoa do tempo esconde um baile antigo de algum lugar do passado...lindo!
ResponderExcluirUm abraço
Ah... Professora, Guaraciaba Perides !
ExcluirCom que honra e saudade registro o teu
comentário, sempre muito oportuno.
Fico, deveras, feliz e agradecido,
amiga !
Um abraço fraternal de boa noite.
Sinval.
O nevoeiro é apenas uma cortina, logo aparece o sol... e assim sucessivamente. Manobras da vida, da realidade.
ResponderExcluirMuito bonito!
beijo, amigo!
Oi amiga, Taís Luso !
ExcluirEstas coisas encerram lembranças muito
fortes. Tudo mudou. São outros tempos.
Somente o nevoeiro não mudou.
Obrigado, querida, pela presença e amável registro.
Um carinhoso abraço.
Sinval.
O nevoeiro a encobrir o que se pode e não pode ver... As mães bem podem ficar vigiando... Muito belo o seu poema tão claro apesar da névoa.
ResponderExcluirUm beijo, meu amigo Sinval.
Querida Poetisa, Graça Pires !
ResponderExcluirSinto-me, agora, envolto, não pelo
nevoeiro, denso e frio, mas acolhido
pelo calor da tua costumeira atenção.
Muito grato, Amiga, e Um caloroso
abraço, aqui do Brasil.
Sinval.