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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Poema: GORJETAS DA VIDA



Aquele  corpo  maltratado,  é prova do 
sofrimento que a vida, em alto preço, 
lhe  cobrou.
Seu rosto desfigurado, salienta a linha 
do pecado, de quem nada fez por amor.
O brilho dos olhos se apagou, e  nada 
restou daquela beleza deslumbrante, que 
me  apaixonou.
Os cabarés foram a sua morada, e os 
homens, seus  senhores.
Também, é grande a minha amargura, ao 
ver morrer a ternura, que em minha face  
habitou.
Minha vida, transformada em gorjeta, rolou 
pela sarjeta... 
Procuro  consolar  meu coração, mas encontro 
a  barreira da traição, sufocando o  perdão.
No espelho, falo com os meus olhos, mas 
nada  me respondem.
Acabaram os meus lindos sonhos, dando
vazão  aos pesadelos...
Ouço vozes na madrugada, trazendo 
recados de quem não conheço.
Gargalhadas, por  vingança, matando a
esperança de voltar a sonhar.
As noites são longas, frias,  e indiferentes 
os meus dias.
Sobrevivo das gorjetas afetivas, atiradas na 
calçada desta  vida, teimosa e atrevida !
 
Sinval Santos da Silveira

6 comentários:

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    ░░████████████░░░█████████████████-----★MaRiBeL★

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    Respostas
    1. Oi, MaRiBeL !
      Há quanto tempo, querida !
      Muito agradecido pela atenção artística.
      Um carinhoso abraço.
      Sinval.

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  2. Amigo Sinval, Bom dia! Um poema a lembrar uma realidade de sempre... Gosto da sensibilidade com que trata este tema.
    Uma boa semana.
    Beijos.

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    Respostas
    1. Amiga, muito querida, Graça Pires !
      Muito grato pelo amável incentivo,
      pois o poema foi inspirado em fato
      real...
      Um fraternal abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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  3. Olá, Sinval,
    Lindo, dolorido, não? É sempre assim quando roubam nossos sonhos; roubar sonhos deveria ser proibido! Desmantela-se a ingenuidade, a beleza que um dia formatamos na mente.
    Bjs, querido amigo. Uma boa semana.

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    1. Taís Luso, querida Amiga !
      As pessoas brincam, até mesmo,
      com os sentimentos alheios.
      Somente o decurso do tempo é
      capaz de fechar as chagas.
      Muito agradecido pela costumeira
      e carinhosa atenção.
      Um fraternal abraço.
      Sinval.

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