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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Poema: MARCOS DA VIDA



Passei por estes  caminhos muitas vezes.
Jamais me perdi.
Conheço cada curva, como aquela que 
está logo ali.
Os campos verdes, que  avisto daqui, 
enchem o meu  coração de  alegria, 
lembrando as boas épocas  que vivi.
Parecem  tapetes verdes, estendidos para
mim !
Pouca coisa mudou por aqui.
Queria tanto saber o que havia atrás 
daqueles  montes,  lá  na linha do horizonte.
Hoje, sei.  
Nada,  além da  imaginação.
Não  há gente por lá, tampouco fantasmas,
como  diziam. 
Em noites de calmaria,  o urrar dos animais
se ouvia.
Talvez,  fruto da fantasia.
Voltei  para resgatar as  verdades que deixei.
O canto do sabiá, a gargalhada gostosa 
da aracuã,  o perfume inebriante da açucena e o
mistério  da imortalidade da acácia  negra.
Das encruzilhadas me valho das lições.
Com elas aprendi  a tomar decisões.
Os precipícios me mostram os
 perigos, parecendo meus amigos.
São marcos da vida, extremas da liberdade, 
que  me alertam para  as surpresas da cidade.
Agora, posso  caminhar do ocidente ao oriente, 
conviver com a noite e com  o dia, porque
 a acácia  me foi dada a  conhecer...

Sinval Santos da Silveira






10 comentários:

  1. Amei ler-te nesta tarde, amigo Sinval!

    Beijo!

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    1. Querida Amiga, Nanda Olliveh,
      boa tarde !
      ...E me deixaste muito honrado com
      este registro.
      Muito grato e uma feliz Páscoa.
      Sinval.

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  2. É um retorno feliz às origens que sempre aguça nossa lembrança... Na sabedoria e serenidade vemos a aproximação simbólica da fantasia enraizada em nós.
    Abraço.

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    1. Oi Amiga, Célia Rangel!
      E como são fortes estas amarras ao passado !
      Muito grato, querida, pelo carinhoso registro.
      Feliz Páscoa e um fraterno abraço, aqui do
      Brasil.

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  3. Que lindo e saudoso poema sobre liberdades sonhadas quando liberdade da amplidão era tudo que se tinha...
    um abraço

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    1. Guaraciaba Perides, querida Amiga !
      É isto mesmo, Nobre Socióloga !
      A liberdade era tanta que extravasava
      os limites do mundo real.
      Muito grato pela atenção.
      Um carinhoso abraço e uma Feliz Páscoa !
      Sinval.

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  4. Lugares e sensações que ficaram para sempre na memória.
    E gostei muito deste final do poema "Agora, posso caminhar do ocidente ao oriente, conviver com a noite e com o dia, porque a acácia me foi dada a conhecer..." Maravilhoso, amigo Sinval!
    Uma boa semana.
    Um beijo daqui de Portugal.

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    1. Nossa, querida Escritora, Graça Pires !
      Fico feliz, honrado e tudo mais, com a
      tua generosa manifestação.
      Muito agradecido, uma Feliz Páscoa e um
      carinhoso abraço, aqui do meu Brasil.
      Sinval.

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  5. Seria bom se todos nós pudéssemos caminhar por esses caminhos onde tudo permanece sem mudanças, seguro, inabalável!

    Feliz Páscoa!

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  6. Querida Amiga, Ana Bailune !
    Feliz Páscoa, querida !
    Muito grato pelo sensível registro.
    Concordo plenamente, pois muitas
    recordações nos trazem.
    Um carinhoso abraço.
    Sinval.

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