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quinta-feira, 4 de maio de 2017

POEMA: O CHORO DE CHICO





Rotulada de bandoleira, permanece
 na trincheira, sem 
cumprir sua missão.
Uma judiação !
É de cortar o coração.
Ruas com entulhos... 
A polícia não  é  bem vinda.
O silêncio é tumular e o medo espectador.
O perigo está lá fora.
As paredes tem ouvidos  e não podem falar.
Gente assustada, sombreada pelo  horror,
condenada sem julgamento  e  executada
 por preconceito.
Olhos descrentes, lágrimas não há.
Quero  ajudar, mas sinto medo de voltar.
E  a  "Rosa dos Ventos" continua lá, confinada e calada.
Virou símbolo de tempestade,  testemunha da maldade !
Desconfiança jorra em abundância, sufocando
uma infância que de culpa não tem nada.
Crianças, somente crianças, lembram a vida.
Num momento de trégua, conto  histórias e
colho sorrisos.
No Monte,  Cristo reza e Chico Mendes, chora...

4 comentários:

  1. Desesperança...será sempre assim?
    Um abraço

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    Respostas
    1. Minha querida Amiga, Guaraciaba Perides !
      Chico Mendes é uma comunidade belíssima,
      construída com planejamento.
      Infelizmente, dominada pelo horror.
      Muito grato pela presença e pelo registro.
      Sinval.

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  2. um poema cheio de realidade num lamento que dói.
    mas, há sempre uma esperança, mesmo ténue mas há.
    beijinhos
    :)

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  3. Querida Amiga, Piedade Araújo Sol !
    É o que ainda resta, ESPERANÇA.
    Muito grato por esta carinhosa atenção.
    Um fraterno abraço, aqui do meu Brasil.
    Sinval.

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