pulsando

Seguidores

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Poema: MEUS MEDOS



Não sinto medo do medo.
Mas, não queiras  partilhar  deste sentimento.
As  trevas me assustam, me aproximam do
abismo, sinistro e infinito.
Quando me sinto perdido,  aspiro o  perfume  da
rosa amarela, que  me faz esquecer o brilho dos
olhos dela.
Na doçura da açucena,  compenso a perda  daquele   
mágico sorriso... parecendo a chuva que molha o 
deserto sedento, sem  nada exigir em troca.
Reverencio a vida, aprecio a verdade e não sou  
valente, nem covarde, mas sinto  medo  de  amar. 
A coragem quase me destruiu e a  vida  me 
chibateou.
Somente o gemido da dor  me avisou.
Do  outro olhar,  traiçoeiro, nada restou...
O  medo me salvou.
Sobrevivi !
Estou aqui !
 
Sinval Silveira

4 comentários:

  1. "Meus Medos"... que lindo, que maravilhosa construção, tão real, querido poeta! É aquela velha coisa, a dor ensina! E o medo nos serve sempre de alerta, nos protege.
    Parabéns, gostei muito. Eu teria medo de nunca sentir medo.
    Beijo, um bom fim de semana.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Querida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
      Sim, Amiga, o medo é nosso aliado, nosso
      limite. Sempre presto atenção nisto.
      Muito agradecido pelo generoso comentário.
      Um feliz final de semana, junto aos teus
      amores.
      Um fraternal abraço !
      Sinval.

      Excluir
  2. Ter medo do medo. Quantas vezes nos acontece… Um poema muito cheio de mágoa, meu querida Amigo.
    Uma boa semana.
    Um beijo, daqui, de Portugal.

    ResponderExcluir
  3. Querida Mestra, Graça Pires !
    É verdade. O medo é nosso conselheiro
    sobre os perigos da vida...
    Muito grato pelo registro carinhoso, uma
    ótima semana e um fraternal abraço, aqui
    do Brasil.
    Sinval

    ResponderExcluir

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.