Foi embora, com a pressa de um pássaro
retornando ao seu ninho...
Por mais que pedisse para ficar, partiu.
Meu coração sofreu, dando lugar a uma
intensa e dolorosa saudade.
Meus olhos choraram, até secarem as
lágrimas.
Como lembrança, nem a esperança ficou.
Uma saudade, sem pedir licença, atropelou
minha vida, abrindo profundas feridas no
meu jeito simples de ser.
Açoita meus pensamentos, afloram sofrimentos,
embrutecendo meu coração.
À beira do mar, sob um lindo luar, somente o
vento e as ondas me consolam...
As gaivotas noturnas se assustam com o meu caminhar,
procurando abrigo no mar...
Não tenho onde me abrigar.
No final da praia, a saudade me procurou e não
mais me encontrou.
A pedido das gaivotas, o mar me abrigou...
Sinval Silveira