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sábado, 23 de junho de 2018

QUANDO A SAUDADE PERDE O ENDEREÇO





Foi embora, com a pressa de um pássaro 
retornando ao seu ninho...
Por mais que pedisse para ficar, partiu.
Meu coração sofreu, dando lugar a uma
intensa e dolorosa saudade.
Meus olhos choraram,  até  secarem as 
lágrimas.
Como lembrança,  nem a esperança  ficou.
Uma  saudade, sem pedir licença, atropelou
minha vida,  abrindo profundas feridas  no
meu  jeito simples de ser.
Açoita  meus pensamentos,  afloram sofrimentos,
embrutecendo  meu coração.
À beira do mar, sob um  lindo luar, somente o 
vento e as ondas me consolam...
As gaivotas noturnas se assustam com o meu caminhar,
procurando abrigo no mar...
Não tenho onde me abrigar.
No final da praia, a saudade me procurou e não
mais me encontrou.
A pedido das gaivotas, o mar me abrigou...
 
 
Sinval Silveira

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Poema: FOI ASSIM,,,



Estávamos a  sós.
Eu ouvia,  enquanto  ela  Falava.
Ninguém mais falava.
Ninguém mais ouvia.
Chorava, mas  as lágrimas eram minhas.
Então, eu  sorria e os Seus olhos choravam.
Mesmo, assim, mandou-me embora...
Obedeci.
A renúncia, também, é  um grande gesto de
amor.
Em silêncio,  aguardei  um recomeço...
Foram muitos anos de felicidade !
Enviei-lhe  as seguintes poucas linhas:
" Quando a saudade quiser  judiar de ti, eu 
estarei aqui, com a mesma alma cheia de amor !
Tudo que eu possa dizer, neste momento, será 
muito  pouco,  diante do que mereces.
Não permitas que o tempo nos atropele.
Fomos muito importantes,  um para o outro.
Sabes do que estou falando.
Deus, também...
Um  fraterno abraço ".
O tempo foi generoso e a saudade perdeu o 
endereço.
Foi assim.
Tudo em profundo silêncio...
 
Sinval Silveira





quinta-feira, 14 de junho de 2018

Lançamento do "Livro Coração Tagarela' 3 edição!!

Nesta segunda feira, dia 11 de junho de 2018,   o GPT, Grupo de Poetas  da Trindade se reuniu no Centro Integrado de Cultura ( CIC) em uma festiva ocasião. Além do encontro de música e poesia tradicional, tivemos o lançamento do livro Coração Tagarela, do poeta Sinval Santos da Silveira.



sexta-feira, 8 de junho de 2018

Poema: SÓ PRECISAVA DE UM ABRAÇO


Olhei em seus olhos e pedi um abraço.
O  mesmo que já foi meu.
Por mais que me humilhasse,  negou.
Queria sentir o calor  do seu afago...
Ferido em minh´alma,  caminhei sem destino.
No varal, estendida ao vento, a camisola branca me 
dava adeus, num profundo  silêncio.
Como bandeira,  lá se encontrava o motivo  da  rejeição.
Roupas  estranhas,  explicavam  meu fracasso...
Com o coração em pedaço, lavei  os  olhos  no  riacho,
trocando as lágrimas pela  esperança, afastando as 
lembranças  de um amor,  que nem  um abraço  ganhou.
Hoje, naquele varal, ao sabor do sol e do vento,  escuto
um forte lamento,  implorando por  minhas roupas  secar !
 
Sinval Silveira