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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Poema: MEUS PEDAÇOS



Olho  os recantos por onde passo.
Vejo lágrimas doces  da alegria que vivi.
Também,  marcas do  pranto,  vertentes dos dissabores
  trazidos pelas dores, sem  fim.
O ruído  da enxurrada me assusta.
Desaparecem as pontes e as  travessias...
O isolamento é meu companheiro,  noite e  dia.
Admiro o voo dos pássaros.
Não deixam rastros, não precisam de pontes nem travessias.
Voam livres, parecendo  sentir piedade do que restou de mim.
Por ironia do destino, quando o sol está a pino, minha sombra
me abandona, vai embora, como o pássaro que passou.
Não sei  qual seu destino, nunca me diz para onde  foi.
Fico só, preso a este corpo cansado,  arqueado, querendo
alcançar o outro lado, mas a ponte, também, se foi.
E  do lado de cá, somente os meus pedaços  testemunham
o homem que fui...

Sinval Santos da Silveira.





terça-feira, 15 de outubro de 2019

OS ANFITRIÕES

 

Artistas  !
Somente Artistas !
Unidos por  um sentimento  acima da vida, nasce
uma inspiração em cada  olhar.
Corações  que pulsam  no mesmo compasso e,
no abraço, o calor de um doce  afago !
Declamações poéticas, contação de  histórias, música
 e  cantoria, invadem aquele  lar,  que se transforma em
teatro.
Inciumados, cerram bicos os passarinhos,  não canta
o galo carijó do vizinho.
Até a matraca emudeceu, no dia da procissão !
Na cochia   do palco, um casal, de braços abertos,  
ampara o espetáculo.
E a bela São Pedro, desde cedo, fica sabendo que, 
naquela casa  amarela,  abrem-se as portas e as 
janelas para  acolher, com amor,  o poeta, o contador de 
histórias, o músico e o cantor,  laçados pela  amizade
do Casal Anfitrião, Luiz Claudio e Roseli,  num só 
coração !

Sinval Santos da Silveira.

sábado, 5 de outubro de 2019

Conto poético: VOLTAREI EM 20 LUAS