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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Conto poético: PROFUNDO RESSENTIMENTO

Numa modesta colônia de pescadores, do litoral catarinense,
duas famílias, vizinhas, foram criadas como parentes muito
próximos.
Uma amizade duradoura, cheia de afeição e sentimentos, era
o traço de união, entre ambas.
De um lado, seis filhos, e do outro, quatro.
Pessoas simples, mas muito bonitas, criadas à beira mar, com
alimentação natural e boa saúde.
Possuíam idades equivalentes, com as mesmas aspirações
para o futuro.
Como irmãos, frequentavam, mutuamente, as suas modestas
residências.
O tempo foi passando, as crianças crescendo, se transformando
em adolescentes e, rapidamente, em adultos.
Rosemiro, jovem de vinte anos, pescador, educado e obediente,
não olhava a sua vizinha, Rosita, de dezesseis anos, apenas,
como amiga.
Nutria uma forte esperança de namorá-la, pois desde menino a
via com olhos diferentes.
Os pais de Rosita perceberam o seu interesse. Mas ela não
correspondia àquela expectativa.
Numa festa junina, como de costume, muitas famílias se reuniam,
para comemorar a tradição.
Rosita apareceu com um namorado, seu colega de aula,
apresentando-o a Rosemiro. O choque foi por demais forte, paara
aquele jovem apaixonado.
Perdeu a voz. Nunca mais voltou a falar ou a sorrir.
A tristeza se apossou da sua alma.
Hoje, com mais de sessenta anos, Rosemiro mora só, e não mais
se interessou por outra mulher.
Todos apostavam no tempo. Perderam.
Rosita casou com aquele namorado da escola, mas, em seguida,
houve a separação. Também, mora só.
Nada mudou a história...

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