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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Poema... PRESSENTIMENTO

Sinto-me observado, vigiado...
Alguém fala comigo, sem  nada dizer.
Não ouço a sua voz.
Sua presença,  pressinto.
Até de minha sombra, já  estou  desconfiado.
Reviro o passado, falo com os meus versos e os alheios.
Pensamentos semeio, colho respostas ao acaso.
São ondas de calor, vindas de algum amor, que não causou dor,
falando tão baixinho, parecendo no meu ouvido, apenas, soprar.
Sinto o seu cheiro no  ar.
Fecho os olhos e toco em sua pele, tão macia, que até as rosas,
faceirinhas, ficam em segundo lugar.
Só me resta  esperar...
Mas, tenho certeza, alguém está a me observar, aqui mesmo, ou
em outro lugar, com tanta sutileza, parecendo a natureza, pedindo
para falar.
Já escutei o vento, as águas da cachoeira que, em suas corredeiras,
o nome dela quase falou.
À  noite, no meio da mata, pelo luar iluminada, vejo um lindo corpo
desfilar,...
Não quero acreditar no que vejo, tão ardente é o desejo, de escrever
o seu nome, bem aqui, neste lugar...
Com medo de mágoas causar, vou esconder  estas letras  no fundo
do coração,  e a Deus pedir Perdão, mas nem com sua determinação,
o nome dela vou revelar...

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