Laura foi, sem dúvida alguma, a mulher mais
encantadora, que residiu num bairro vizinho ao
meu.
Desde menina, chamava a atenção das pessoas.
Todos previam a bela mulher que despontava
naquela flor, ainda em botão.
Na escola, causava ciumes às demais mocinhas,
que não possuíam os seus dotes físicos, a sua
meiguice, e extrema simpatia.
Na opinião dos homens, agora já adulta, era a
mulher mais desejada, por todos que a conheciam.
Poderia escolher o homem que pretendesse,
para seu namorado.
Aproximações, propostas de namoro, não lhe
faltaram.
Entretanto, creio que pelo excesso de elogios,
nasceu um sentimento menor, que viria atrapalhar
o curso da sua vida.
Uma vaidade doentia, apoderou-se daquela jovem.
Passou a entender que ninguém a merecia, pois
era bela demais, para os homens simples da sua
terra.
Por trás disto tudo, uma arrogância inexplicável.
Este fato afastou-a das suas amigas.
O tempo foi passando... e passou.
As pétalas de rosas foram embora, sobrando os
espinhos da vida.
Dona Laura, sozinha, hoje hóspede de uma casa
de repouso, vive das lembranças, doces e amargas,
colecionadas ao longo da sua existência.
Nenhum homem conseguiu conquistá-la.
Julgava-se bonita demais... ninguém poderia
merece-la.
O incrível, é que ainda diz sentir orgulho disto...
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