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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Poema: O PIRATA SEM PERNA DE PAU


Por muito tempo, ouvi o mar.
Compreendia as suas angústias e alegrias.
Falava de bruxas, sereias e piratas.
Eram vozes que chegavam de longe, muito
além do horizonte...
Depositava  sal no costão, como  oferenda
por  minha atenção.
O  vento entoava canções, e  eu adormecia 
 e sonhava !
Nem mesmo o  grunhido da gaivota  
enciumada, me acordava.
Em  meus sonhos, sempre aparecia um
pirata, sem perna de pau ou tapa  olho.
Ameaçador, queria levar o meu amor.
O mar me protegia, fazendo barulho nas 
rochas  do costão, para espantar o vilão. 
Cada estrondo parecia um tiro de canhão.
E eu, ciumento como a gaivota, chorava.
Mas foi ela quem se deixou levar, para nunca 
mais voltar, entregando o tesouro que  me
pertencia.
Até isto, o  mar  me  contou...
Ainda  hoje, adormeço naquelas rochas,  
ouvindo uma linda  sereia, de cabelos longos 
e  negros, a cantar, só para mim !


2 comentários:

  1. "Um pirata sem perna de pau". "Uma sereia de cabelos longos e negros" cantando. Um poema com um imaginário mágico...
    Beijos meu amigo Sinval. Um beijo, Verinha.

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  2. Oi, querida amiga, Graça Pires !
    Que maravilhoso receber o teu comentário.
    Fico muito feliz e agradecido !
    Um fraternal abraço, aqui do meu Brasil.
    Sinval.

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