Por muito tempo, ouvi o mar.
Compreendia as suas angústias e alegrias.
Falava de bruxas, sereias e piratas.
Eram vozes que chegavam de longe, muito
além do horizonte...
Depositava sal no costão, como oferenda
por minha atenção.
O vento entoava canções, e eu adormecia
e sonhava !
Nem mesmo o grunhido da gaivota
enciumada, me acordava.
Em meus sonhos, sempre aparecia um
pirata, sem perna de pau ou tapa olho.
Ameaçador, queria levar o meu amor.
O mar me protegia, fazendo barulho nas
rochas do costão, para espantar o vilão.
Cada estrondo parecia um tiro de canhão.
E eu, ciumento como a gaivota, chorava.
Mas foi ela quem se deixou levar, para nunca
mais voltar, entregando o tesouro que me
pertencia.
Até isto, o mar me contou...
Ainda hoje, adormeço naquelas rochas,
ouvindo uma linda sereia, de cabelos longos
e negros, a cantar, só para mim !
"Um pirata sem perna de pau". "Uma sereia de cabelos longos e negros" cantando. Um poema com um imaginário mágico...
ResponderExcluirBeijos meu amigo Sinval. Um beijo, Verinha.
Oi, querida amiga, Graça Pires !
ResponderExcluirQue maravilhoso receber o teu comentário.
Fico muito feliz e agradecido !
Um fraternal abraço, aqui do meu Brasil.
Sinval.