Já independente, não saía da sua mente, a pequena
Cidade em que viveu.
A saudade de tudo que deixou, se agigantava cada dia
que passava.
Seus amigos, vielas e a casa em que morou, quem hoje
mora nela ?
Campos e riachos, o Rio do Peixe, em que se banhou, pescou e
brincou, será que não secou ?
Foi abraçar cada amigo, falar de saudade, de amizade,
pedir desculpas por haver morado noutro lugar.
Mas o tempo passou e tudo transformou.
Não havia mais "meninos"...
Já não brincavam no rio, nem prestavam atenção nos
portais e nas ventanas, das lindas casas plantadas
nas vielas de Videira.
O canto da passarada, tão lindo, somente por ele
foi ouvido.
O trem mudou de rumo, em obediência aos trilhos,
e o pequeno sino tagarela, emudeceu.
Foi à Casa do seu Santo Protetor que, também,
chorou...
Sentiu-se um doce assassino, não ouviu mais o
sino, mas a saudade matou !
SINVAL SILVEIRA