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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Poema: LEI "MARIA DA PENHA"


       
 Tentou sua vida  harmonizar, em nome do amor que sentia.
Apostou nos sentimentos e nas promessas que  recebia...
De joelhos rezou.
Segredos guardou, enxugando  lágrimas e chorando  
em silêncio.
Gritou,  e o éco do seu grito não  voltou.
A vergonha  amordaçou  sua voz,  pela vida que levou.
Nem força  restou...
O sofrimento, como erva daninha, destruiu sua felicidade e,
sem piedade. sua vida  ceifou.
Não há mais pressa, nem promessas...
A covardia,  instalada  sob o manto da crueldade, acabou
com os sonhos da felicidade, levando  a vida,  deixando a
cicatriz  da maldade.
Só esperança restou, na justiça que virá,  na pena que 
pagará, nas mãos fortes da Lei  " Maria da Penha", que 
aí está !
 
Sinval Silveira

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Poema: ESCOLA DA VIDA




Sem professores ou bancos  escolares...
Não há merendas, nem diplomas.
O curso é definido pela  duração da vida, que tudo
 sabe e tudo ensina, na formação do sábio cidadão !
Podem  explicar, no seu nobre  linguajar, os mistérios
da existência, os segredos da matemática, fazendo 
contas  de cabeça, e a sabedoria  em profunda  filosofia !
Explicam a formação do Universo,  a influência  da lua
e, até, os passos de Jesus Cristo  pela Terra,
São craques em medicina, dão receitas de folhas e raízes, 
curam doenças com benzeduras, olho grande com reza braba, 
emplasto  caseiro, para quebradura.
São sábios,  semi-Deuses,  que existem  desde que  o
" macaco  era  gente" !
Educados e humildes, são felizes  no seu jeito,  rejeitam 
a ambição, guardando  o grande tesouro  da vida,  no  
coração !
É a " Escola da Vida ", na formação do cidadão !
Eu não duvido.
Sócrates, também não ...
Sinval Silveira

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Poema: GARIMPO DA VIDA



Não  posso medir  a intensidade  da dor ou da felicidade,
 que carrega minh´alma, ao longo da vida,
Como um garimpeiro, que procura o  tempo inteiro,  o brilho
 da ilusão,  garimpo  no fundo do coração, os fragmentos
de  um grande amor !
Separo,  na bateia de malha  fina,  a verdade da mentira,
procurando a luz da explicação.
Joguei  fora, nas correntes de água fria,  tudo o que era 
mentira, tudo o que era ilusão.
No fundo da  bateia, depois de tanto garimpar  lembranças,
somente  a sombra dela restou !
E a verdade me olhou,  tentando alguma coisa me dizer,
como se eu não soubesse o que fazer;
De  joelhos, na beira do riacho,  orei  com  fervor ao meu
Santo protetor.
Assustado,  enxerguei  no fundo daquela peneira, uma 
pedra preciosa, esperando ansiosa  pelo meu perdão  !
 
Sinval Silveira